segunda-feira, 10 de setembro de 2007

RIOPARDENSE MORANDO LONGE DE RIO PARDO ME TELEFONA

Na foto: a rua da Ladeira, pavimentada no estilo da Via Appia (de Roma), foi a primeira a ser pavimentada no Estado e só quem já andou por estas pedras e experimentou de sua beleza e o encanto de seus prédios antigos, sabe que esta é uma cidade especial e atraente!
Rio Pardo é comum, semelhante à dezenas de outras cidades do mesmo porte, espalhadas pelo país. Antiga, colonizada por lusos-açorianos, mas hoje com grande contigente de descendentes de alemães e italianos, cortada por dois rios que no verão são atração da cidade. Quem conhece Rio Pardo, inicialmente, pode achar que somos exageradamente bairristas e que cultuamos um amor platônico pela cidade. Mas, se o visitante for ficando, for fazendo amizades, for ingressando no dia-a-dia, for conhecendo as particularidades que constituem a maneira de agir e pensar do riopardense; vai ser difícil de partir... Se então, estiver carente e deixar se levar pela beleza, a simpatia e o charme das riopardenses... certamente nunca mais sairá daqui e em pouco tempo, será um dos nossos! Talvez assim os leitores desconhecedores do que é ser "um riopardense" possam entender as mazelas que enfrentam e vivem os milhares de riopardenses que residem longe da terra. É que essa terra abençoada por uma história única no Rio Grande do Sul, tem um magnetismo forte de tal forma que ninguém consegue esquecê-la... É o caso do Gaspar Henes, filho do Egas Carvalho Henes, funcionário público municipal por muitos anos, hoje falecido. O Gaspar também foi funcionário municipal, atuou na política, durante anos foi presidente do Sindicato dos Servidores Municipais. Era conhecido por muitos como "Papa" e por outros como "Benito" (cantava as músicas de Benito de Paula com muita semelhança ao cantor paulista). Ele deixou Rio Pardo fazem alguns anos e hoje reside em Guaíba (cidade da região metropolitana de Porto Alegre). O Gaspar me telefonou agora poucos minutos atrás. Emocionado, afirmou que tem sentido saudades de Rio Pardo e de suas particularidades, que só quem é daqui ou morou muito tempo aqui, sabe quais são. Informou que tem lido meus textos no Jornal de Rio Pardo e gosta especialmente quando abordo temas "saudosistas", que o deixam emocionado. Recebe o jornal todas as semanas e sempre aguarda com ansiedade a chegada do exemplar para inteirar-se das notícias e... do meu artigo. Ele foi um amigo que trabalhou comigo na primeira fase do Jornal de Rio Pardo nos primeiros anos de sua fundação, lá pelos idos da década de 70. Foi companheiro de festas, de noitadas de boemia, de cantorias, de carnaval (Rio Pardo é uma cidade onde o carnaval sempre foi muito animado) e também de andanças políticas. Nesta conversa por telefone, lhe disse que ia escrever sobre ele. Mas este texto é pouco: o Gaspar tem muitas histórias, muitos episódios merecedores de serem relatados e aos poucos, pretendo torná-los do conhecimento dos amigos blogueiros, o que será muito gratificante para os riopardenses que o conheceram e com ele conviveram em Rio Pardo!

Um comentário:

Anônimo disse...

Buenas, Rogério.
Depois de sair de Rio Pardo para morar em Caxias, acabei me aventurando por bandas ainda mais longes. Passei por Marabá (interior do Pará), Rondonópolis (MT) e minha querida Belém, cidade das mangueiras, porteira da Amazônia, onde casei. Mas a distância sempre me machucou. Tanto que apesar de poder tirar férias em lugar pertos e lindos como os lençois maranhenses, todo o litoral nordestino (incluindo Jericoacoara), ou mesmos os lindos chapadões do Brasil, ou a cosmopolitês (exagerei?) de Rio, São Paulo e Brasília, sempre venho à Rio Pardo matar a saudade. Nem dá para dizer que seja a família, pois eles poderiam até 'che moi' (ah, a influência francesa de Belém), mas porque me orgulho de mostrar a minha Rio Pardo para minha esposa, a Gillys, e para os parentes dela que sempre trago jumto. Mas espero desta vez poder ficar mais perto. Estou mudando para Maringá, no Paraná, e com isso aparecer mais vezes, inclusive poder visitar as terras nobres dos Goulart Pereira Rego. Acho que devaneio de saudades, mas espero manter o hábito de visitá-lo aqui. Abraço forte, meu camarada. Abraço ao Papa, abraço a todos os desgarrados.
Luciano-Augusto Rodrigues