segunda-feira, 26 de novembro de 2007

EM BUSCA DE ALTERNATIVA

Rio Pardo discute, hà vários meses, o que fazer com o Presídio. Instalado na rua principal da cidade, Andrade Neves, ele está num prédio de grande valor histórico, que sediou a Câmara Municipal ainda no período imperial.
Há muitos anos que o poder legislativo quer instalar-se definitivamente no seu prédio (hoje funciona em prédio alugado), mas com o Presídio por lá, fica na dependência de uma solução para o problema.
Várias reuniões já foram realizadas, reunindo autoridades e lideranças locais., Chegou a ser levantada a possibilidade de instalar o presídio na área de terras onde está instalado o 2o. BPM General Pinheiro Machado, mas esta possibilidade foi prontamente rechaçada pelos riopardenses. O "Jornal de Rio Pardo", em seu site (http://www.jornalderiopardo.com.br/) está realizando uma enquete onde os internautas estão opinando sobre o assunto. Os resultados da enquete mostram que a esmagadora maioria dos votantes quer o Presidío fora da cidade.
No prédio histórico (foto acima) onde está o presídio, funciona também o Museu Zoológico Municipal com uma valiosa coleção de animais empalhados.

O ANTICRISTO EXISTE

FOTO: Igreja Matriz, ponto de referência de Rio Pardo e também da minha infância, com momentos inesquecíveis... Hoje resido no outro lado da cidade hà mais de 30 anos, mas continuo sentindo saudades das badaladas compassadas e sonoras dos sinos da Matriz...
Fui criado sem medos. Não tinha escuro, tempestade, trovão, raios ou histórias de assombrações, que pudessem me assustar... Medo mesmo, fui ter quando descobri a figura do "Higino Louco", um preto forte e com aspecto assustador que andava pelas redondezas. Ele não gostava de crianças e carregava sempre um saco e uma foice. Depois, lembro de uma tarde que aconteceu um eclipse e o dia virou noite. Saí correndo pela rua desde a antiga Escola Fortaleza (ficava ali na Ernesto Alves, quase na esquina com a General Câmara, descida para a praia) até a minha casa. Quando passei pela Matriz, cuja rua estava sendo calçada, bati no escuro contra uma casinha de madeira onde eram guardadas as ferramentas dos calceteiros. O susto foi grande e pensei, tomado pelo medo, que para mim o mundo estava mesmo acabando... Aquele foi o maior medo da minha infância e a primeira vez em que achei que a morte iria me abraçar. Outras vezes na minha vida senti estar perto da morte, mas medo mesmo, estou sentindo somente agora - passados tantos anos. Sei que não sou um covarde... Mas calafrios me percorrem o corpo quando penso na figura sinistra do... anticristo que surgiu na Amércia do Sul! A figura é sinistra: geralmente de camisa vermelha e colocada sob uma calça militar, olhar penetrante, sorriso artificial forçado. Baixo, com aspecto de índio andino, ele me provoca pavor só de pensar em que estará pensando e arquitetando fazer em nosso continente. Falo de Hugo Chávez, homem que apoderou-se da Venezuela, onde reina absoluto e poderá permanecer no poder para sempre, graças às suas arquitetadas manobras jurídicas/eleitorais. Ele começou ganhando a eleição presidencial com idéias inovadoras. Logo arrumou uma briga com o vizinho presidente da Colômbia, que quase deu em guerra. Depois trocou farpas com o Equador, outro país da região. Mas isso era apenas o começo. Envolveu-se nas eleições presidenciais de vários países latino-americanos e ajudou outro bufão a eleger-se na Bolívia. Juntos passaram a agir rapidamente, nacionalizaram as empresas de petróleo, entre as quais a Petrobras, ação que o governo brasileiro fez vistas-grossas e deixou acontecer com uma suavidade e calma alarmante... O anticristo quer guerra, quer sangue e pretende levar todo o continente em seu intento. Tem desafiado de todas as formas os "anjinhos" americanos, que adoram uma guerrinha e qualquer dia, perdem a paciência e descarregam algumas milhares de toneladas de bombas no palácio onde o anticristo está sediado. E eu tremo de medo, pensando que isso poderá envolver o continente, o Brasil, a Argentina... O que será do futuro de nossos filhos, com um desatinado desses rodando o mundo e arquitetando ódios e rancores? Ele já aliou-se aos fanáticos xiitas iranianos, promete usar o petróleo como arma contras os americanos e europeus. E eu olho as imagens na tv do anticristo venezuelano desfilando em frente à tropas, corro para ver fotos nos meus livros da segunda guerra mundial e... acho semelhanças incríveis nos gestos, na pompa militar, na maneira irada de falar, com Adolf Hitler - aquele que levou o mundo ao caos e mandou matar milhões de judeus. Nem mesmo o formal e tímido rei da Espanha resistiu ao bufão dos andes, sugerindo-lhe com raiva: "Porque non te calas?" em cerimônia no Chile, que esse anticristo consegiu bagunçar com suas frases insanas! Tenho medo que a história se repita e que, tal como na Europa, como fez Hitler, Chavez traga muitos males para nosso continente. Somos povos pobres e sofridos, mas temos permanecido todos estes anos livres de guerras e ódios raciais. Será que é isso que ele quer trazer para nosso convívio? Quero um futuro melhor para nosso país e as vizinhas nações que formam a América Latina. Espero que não seja o projeto ganancioso e odioso de um homem só, capaz de colocar todo o futuro no rumo incerto de guerras, medos e sofrimentos. Esse filme já passou e espero que nunca mais seja reprisado. E que a história definitivamente não se repita.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

UMA VALSA

Em 1925 (hà 82 anos!) o fotógrafo e músico Raul Silveira compos e dedicou à minha avó ("dona Loloca") a valsa "Zila", nome de minha mãe. Pois neste sábado, no Clube Literário, será realizada, por iniciativa da Uneama, a "Noite Musical" em homenagem ao talento desta figura que, entre tantas outras atividades, foi músico e é o autor, da música do Hino à Rio Pardo, composto em 1973, em parceria com a professora Marina de Quadros Rezende (autora da letra). Nas lembranças de minha infância "seu" Raul e "dona" Talita têm lugar importante, assim como alguns outros vizinhos das imediações da General Osório, da Almirante Alexandrino e da General Godolfim. Eles, além de parentes da minha mãe, eram pessoas que estavam presentes nas festas , nos aniversários. Foi na casa deles que eu assisti televisão pela primeira vez em minha vida. O invento recem havia surgido e eu e o Daniel íamos quase todas as noites assistir a programação da Tv Piratini. Mas somente até as 21 horas, porque nesse horário tocava a canção que dizia: "Tá na hora de dormir / Não espere papai mandar / Um bom sono prá você / E um alegre despertar" ! E a dona Talita encerrava nossa sessão de cinema... Calmo, gentil, artista nato, o seu Raul produziu fotos de grande qualidade com visões primorosas, de Rio Pardo. Seu estúdio, ali no alto do sobrado da esquina do Calçadão, era um dos locais que eu mais gostava de visitar e observar. Pois neste sábado, vou estar entre as pessoas que vão escutar tantas e tão boas composições feitas pelo talento de Raul Silveira, entre essas a valsa feitra com o nome de minha mãe. Promete realmente ser um momento de encanto, sensibilidade, arte e recordações. Que ingredientes mais poderíamos querer para uma noite de sábado?

NOVEMBRO, 2007, FERIADO

A festa do CDL de escolha da Comerciária e do Comerciário estava ótima. Salão do tradicional Literário lotado, muita gente sorridente, alegria, descontração... O buffet do Giba (o comercial é de graça...) estava excelente. Até onde um diabético juramentado e policiado como eu, pode provar, gostei muito do filé ao molho madeira e dos filés de frango, mas apenas destinei um olhar para o porco caramelado. Este delicioso prato , por conter açúcar, está fora dos meus domínios... E depois da janta, apenas assisti ao espetáculo das pessoas formando fila e provando as delícias do buffet de doces, do qual ouvi elogios rasgados, pois estavam muito bons... Depois, a escolha da comerciária e do comerciário, que me pareceram razoáveis. O som da banda também estava agradável. Enfim, uma festa impecável. O CDL atuou muito bem na organização. Como perceberam, não sei redigir notas sociais, não sou colunista social, mas fica o registro... Saimos do Clube já na madrugada, com uma temperatura bem fria para essa época do ano. Não deu outra: quando cheguei em casa, minha garganta estava fechada! E lá fui eu, pobre mortal, tratar de combater o problema com os instrumentos caseiros disponíveis... E a cama estava convidativa! Na manhã seguinte, quando levanto, já estou em mais um feriado. Um sol tímido mas consistente, banha Rio Pardo. Ruas com pouco movimento, trânsito de veículos reduzido. Cá estou eu, de novo, começando a trabalhar. Para iniciar bem o feriado, um presente inesperado - meu computador simplesmente não acende... Pronto: meu feriado está transformado num transtorno. E lá vou eu, correr atrás de uma solução, que vem pelas mãos e conhecimento do amigo Roberto da Projetus (outro comercial de graça...) Mas já estou no meio da tarde deste feriado de quinta-feira, quando finalmente consigo sentar em frente ao pc e dar início as tarefas visando a edição do Jornal que nesta sexta-feira estará ciculando bem cedo por aí. Vida de quem faz jornal é assim: com contratempos e atropelos, mas fazer o que? Mais esta etapa está vencida, vamos em frente...

domingo, 11 de novembro de 2007

REACENDER A ESPERANÇA

Os sonhos não envelhecem. Passam os anos, mudam os sentimentos, as pessoas também sofrem mutações, mas os sonhos... eles conseguem manter-se quase que intactos. Meus sonhos também. Alguns estão adormecidos, mas jamais mortos. Um dia podem florescer. Sempre sonhei em ver minha cidade mais progressista, com empregos, e principalmente, sem que seus filhos tenham de ir embora em busca de empregos... Pois em 2007, acendeu-se em mim uma esperança de que isso finalmente pode estar à caminho. Novas empresas industriais chegam à cidade e no futuro bem próximo teremos o porto da Aracruz. Só isso já me serve para acender a chama da esperança. O Brasil também está nos meus sonhos. Muitas vezes senti e ainda sinto, vergonhas múltiplas por ser brasileiro. Esse sentimento vem à tona quando percebo a desigualdade, a injustiça, a corrupção. Mas mesmo assim,o sonho de ver esse país mais civilizado, com menos sofrimento de seu povo, permanece vivo em mim, embora eu sempre soubesse que para chegar a esse patamar o Brasil ainda terá de percorrer um longo país. Mas estou trabalhando no meu computador, quando recebo uma notícia que fez reacender a luz verde da esperança dos meus sonhos. O Brasil foi contemplado hoje com a descoberta de uma gigantesca reserva de petróleo e gás natural na bacia de Santos, com um potencial tão grande que será capaz de colocar nossa nação ao nível dos países árabes e da Venezuela, aqui no nosso continente! De tal forma que poderemos vender petróleo para o mundo todo, poderemos ter nossa própria produção de gás (sem depender , como agora, da Bolívia) e assim alcançarmos nossa independência economica. Talvez tenha sido por isso que um "estrondo" misterioso fez sentir-se nos céus de Rio Pardo nesta tarde quente de quinta-feira. Leitores começaram a telefonar, pessoas falaram em terremoto, outros em trovão gigante e houve até quem invocasse o final dos tempos... Parece que foi mesmo um caça da força aérea brasileira, em manobras militares, que rompeu a barreira do som nas proximidades de nossa cidade. A luz elétrica piscou, paredes tremeram, houve mesmo quem afirmasse que prédios poderiam ter desabado... Eu prefiro achar que as forças divinas estão comemorando a descoberta na bacia de Santos! Agora, passadas algumas horas da chegada da notícia e do estrondo que intrigou muita gente, começo a projetar como será o Brasil rico em petróleo. E lentamente, começam a surgir temores. Será que toda a riqueza gerada pelo produto mais valioso e mais cobiçado do planeta, haverá de reverter em benefícios para os brasileiros mais pobres? Ou será que acabará servindo de trampolim para o acúmulos de fortunas, para o exercício do poder por grupos inescrupulosos? E este manancial fantástico existente em nosso sub-subsolo marinho já não estará gerando a cobiça de outras nações e coglomerados internacionais? Quando chego neste ponto do raciocinio, o medo me assalta, pois lembro de regiões conflagradas, onde a razão dos conflitos militares parece ser justamente a disputa pelo controle do petróleo. E então, prefiro parar com meu raciocínio, porque não tenho bola de cristal, não sou Nostradamus e não tenho o dom de prever o futuro... Hoje, com todos os problemas que temos, é certo que o brasileiro comum consegue manter sua alegria inata, sua pureza de sentimentos, como nenhum outro povo do mundo consegue fazê-lo. Espero que depois dessa descoberta, possa continuar sendo assim. A partir de agora, certamente vão "botar o olho" em nosso país e é aí que mora o perigo... E então, a gente começa a pensar: não seria melhor ficarmos assim, sem o petróleo para chamar a atenção do mundo? Não seria melhor nos deixarem quietos em nosso canto, com nossos problemas de país pobre (mas feliz)? Não sei não. Estou em dúvida. É melhor parar por aqui, comecei escrevendo para comemorar a notícia e terminei - sem me dar conta - manifestando medo do que poderá vir por aí...

GOSTEI E NÃO GOSTEII

O presidente Lula é um brasileiro comum. Sem estudo, sem polimento elitista, ele saiu do nordeste e foi ser metalúrgico em São Paulo (e cito estes dados, porque acho que dignificam sua figura). Ingressou no movimento sindical, virou político, fundou o PT e hoje é presidente da nação. Merece respeito, pois seu feito é inédito na política brasileira. Até aí tudo bem... Mas o homem que ocupa aquela função máxima da política nacional pelo menos precisa ter a postura que o cargo exige. E ter cuidado com o que fala, principalmente em suas viagens ao estrangeiro, pois quem está sendo ouvido e interpretado mundo afora, não é o nordestino metalúrgico, mas o presidente do Brasil. Como cidadão brasileiro não gostei, nem um pouco, da postura do nosso presidente na cerimônia em que o Brasil foi indicado para sediar a Copa do Mundo de 2014. Primeiro, tenho sérias dúvidas se o Brasil pode e deve sediar um evento como este. Segundo, suspeito que as obras grandiosas que forem feitas serão super-faturadas, terão o "por fora" , etc... Terceiro, suspeito que o país está precisando de outros empreendimentos imediatos, para agora, e não uma série de obras para 2014. Quarto, não aprovei que se constitua uma delegação para ir à Fifa receber a indicação da Copa e nela não esteja Pelé, o maior jogador de todos os tempos, conhecido e reconhecido em todo o mundo. E, finalmente, em quinto lugar, o que mais me incomodou e me desagradou foi a "brincadeirinha" indigesta, de mau-gosto e inadequada feita pelo presidente com os argentinos. Odeio os argentinos no futebol, embora os respeite muito, pois sei que eles jogam um futebol primoroso, o único no mundo que considero no nível do que nós brasileiros praticamos... Mas esse sentimernto é restrito apenas ao futebol. Não nutro ódio pela nação argentina e seus habitantes. Ao contrário: admiro a cultura, a educação e o espírito patriótico que eles possuem. Não concordo com ódios e rancores, acho mesmo que temos de unir os povos vizinhos, especialmente os latino-americanos. Conheço a Argentina, especialmente Buenos Aires e pude constatar a grande cultura que aquele povo possui. Em relação à Copa do Mundo, não aceito que no momento de alegria pelo Brasil ter sido escolhido como sede, justamente o presidente vá dirigir provocações aos nossos vizinhos. Ao contrário, ele deveria ter convidado os vizinhos argentinos, uruguaios, paraguaios e outros, para que venham conhecer o Brasil desde já e se preparem conosco para um grande evento como a Copa do Mundo. Essa sim, seria a conduta adequada de um Presidente... Tenho outro temor em relação à Copa: de que o Brasil agora pare literalmente, esperando pela chegada do ano de 2014. Como se sabe, nossos anos só começam em março, depois do carnaval e das férias. No ano passado, o ano só começou depois que a Copa da Alemanha foi realizada. Pois minha intuição me diz que o Brasil poderá entrar em letargia, esperando pela chegada da Copa de 2014. Especialmente no setor público, poderemos ver explicações do tipo "estamos aguardando a Copa" ou "a prioridade são as obras da Copa", etc. Temos bem presente o exemplo dos Jogos Panamericanos. Foi gasto um dinheiro que poderia ter solucionado muitos problemas. Restaram dívidas, um estádio que agora está sendo usado esporádicamente pelo Botafogo, um estádio de natação (sem similar no mundo, exageradamente luxuoso) que vai ficar sendo utilizado com pouca frequência... Uma competição onde as medalhas do Brasil foram enaltecidas pela rede de Tv que domina a opinião pública e que nunca esclareceu que estas conquistas na sua maioria foram obtidas pelo fato de Estados Unidos e Canadá terem comparecido com equipes reservas para competir. Mas, por outro lado, claro que eu gostei de saber que a Copa será disputada no Brasil. Claro que eu gostaria de ganhar a final da Argentina! Afinal de contas, sou brasileiro e é muito bom ganhar deles, especialmente numa ocasião dessas! Quero poder acompanhar tudo em 2014. Mas que não seja essa festa do esporte realizada à custa de mais um sacrifício para o nosso já sofrido e calejado povo...

terça-feira, 30 de outubro de 2007

A COPA EM 2014 - MINHA NOVA META, E OUTROS ASSUNTOS

É isso, amigos: todo mundo já sabe, mas vale repetir: o Brasil vai sediar a Copa de 2014. algumas horas atrás as TVs transmitiram ao vivo, desde Zurich (na Suíça) a cerimônia em que nosso país foi oficialmente anunciado como sede deste que é o maior evento futebolístico do mundo. Assiisti boa parte da cerimônia e lembrei muito de Zurich, cidade que conheci durante minha viagem/aventura de trem pela Europa. Cheguei lá com um terrível torcicolo, Até aí tudo, bem o curioso é que andava sozinho, acabei fazendo amizade com uns brasileiros que estavam exiliados na Suíça e entre estes, havia um argentino. Ex-guerrilheiro, também exilado. Pois foi ele, utilizando um limão e contraindo meu pescoço, que com seus dedos, praticamente terminou "na hora" com o desconforto causado com o torcicolo. Depois disso sai para caminhar e conhecer esta cidade bonita, arborizada, calma, mas também cosmopolita. Mas isso é assunto para outra postagem. O fato é que o Brasil sediará a Copa de 2014; E eu quero estar vivo para assistir, nem que seja pela televisão... Como se sabe, tenho comentado aqui e no jornal, sou uma pessoa com a saúde em risco. Enfrento o fantasma da diabetes, tenho histórico de hipertensão na família e 3 anos sofri com uma grave e rara doença, uma paralisia que quase me levou dessa pra outra... Será que estarei aqui em 2014? Assim como a amiga Patrícia Paranhos lançou seu blog "QUERO! - 30 kgs", eu estou pensando em lançar também outro, que poderia ser intitulado "QUERO ! - Copa de 2014", onde iria enumerar as razões para estar vivo até lá e a luta para atingir este objetivo... Será que conseguirei? Será que poderia manter um blog desses por tanto tempo em atividade? Minha visão é outra ameaça permanente, mas nem que tenha de ditar meus textos, pretendo assumir mais essa...O que vocês acham, amigos bloguistas militantes? Aguardo opiniões e conselhos... sim, conselhos, pois estou precisando muito do conselho e da sabedoria de vocês. ========== O AMARO GARCIA é um antigo e especial amigo. Esteve comigo numa época muito bonita de minha vida. Época de muitos sonhos, ilusões e de muita alegria. A vida nos separou, ele seguiu suas atividades públicas na Polícia Federal, rodou e hoje está em Santa Maria. Aposentado, em paz consigo e com os seus. Com o blog e o site do Jornal de Rio Pardo, voltamos a manter contato. Neste final de se
mana ele esteve em Rio Pardo participando do Baile de Debutantes do Clube Literário e Recreativo (pois é, aqui ainda existe baile de debutantes...) e recebi a foto dele e esposa em plena dança no salão do mais-que-centenário clube da rua Andrade Neves. Vou falar mais do Amaro aqui no blog, em outra postagem, especialmente do período três décadas atrás quando fundei o jornal e ele me ajudou muito nos primeiros tempos. ========== Recebi no jornal, na segunda-feira, a visita da dra. Ana Lucia Bandeira dos Santos. Riopardense, ela que advogou por muitos anos em Rio Pardo hoje atua como empresária em Porto Alegre, lançou recentemente um livro de poesias ("Amor de Borboleta") que me presenteou nesta ocasião. Um livro denso de emoções, de sentimentos e muita sensibilidade. Na dedicatória escrita por ela na redação, indicou o caminho certo para que eu pudesse penetrar no seu mundo tão vasto e rico: "este livro retrata a "borboleta" de uma vida repleta de risos e lágrimas, por isso deverá ser lido com os olhos do coração". E é assim que comecei, ainda ontem, a ler o livro: com meu coração de poeta atento e aberto... E foi com emoção que li, apenas para destacar uma entre tantas, a poesia "Rua da VIda", onde fala a pena singular da Ana Lucia: "Amor é o grande sentimento que move o mundo. / Entre os mortais, escolheste sempre o sortudo. / O eleva ao nirvana da almejada felicidade. / Depois o empurra ao abismo da saudade", bonito, profundo, carregado de emoção... O livro "Amor de Borboleta" pode ser adquirido nas livrarias , inclusive em Rio Pardo, e é um lançamento da Edições Renascenças Ltda. Voltarei a falar dele. ========== EDUARDO LOUZAD0 , é um jovem professor riopardense que está trabalhando no Timor-Leste (novo país, de fala portuguesa, situado junto à Indonésia, Ásia) e que em breve vai começar a escrever no Jornal de Rio Pardo um relato semanal sobre aquela nação e sua experiência por lá. Ele é o único gaúcho de um grupo de professores brasileiros atuando naquela região. Estou curioso e acho que os leitores vão gostar, pois a experiência é realmente marcante
(A foto aí é do Eduardo em Dili, a capital do Timor-Leste. Essa foto eu peguei sem permissão dele, "roubei" no orkut e coloquei aqui para que vocês vejam em primeira mão! Espero que ele não fique furioso pela minha ousadia e que me perdoe...)

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

SILÊNCIO... APENAS SILÊNCIO

Silêncio. Quase calma total, não fosse algum pedestre apressado que passa na rua em busca de seu destino. Uns vão e outros vêm. Alguns buscam o supermercado que fica próximo, outros estão voltando do centro depois de uma jornada de trabalho e seguem pela rua de cabeça baixa, absortos em seus pensamentos. Já são mais de 18h, mas o sol ainda vai forte, dificultando minha visão e afugentando meu olhar, da porta para a rua. Silêncio. Passa um carro descendo a General Osório em direção aos bairros. Logo em seguida vem uma moto anunciando ofertas imperdíveis de uma loja da cidade. Que droga, o texto é o mesmo de sempre, os caras não mudam nada, descubro que já sei decor o que vai ser anunciado... Ligo a tv, afinal ela está aqui, em frente da minha poltrona. Vou aos notíciários das redes americanas e descubro que a maior potência do mundo ainda não conseguiu apagar os incêndios que avançam por vários pontos da Califórnia. Percebo irritação na imagem do senador norte-americano protestando que os soldados que estão no Iraque deveriam de estar lá, combatendo o fogo... E penso que se eles, com toda tecnologia, poder e dinheiro não conseguem apagar incêndios, como vamos nos brasileiros apagar nossas mazelas diárias, nossa miséria social? Silêncio. Ouço vozes familiares vindas da rua e descubro que meu momento de reflexão está terminando... Logo a casa volta a ficar agitada. O volune da Tv sobe, o computador ao lado é acionado pela Luiza que, por sua vez, passa a ouvir e cantar as músicas da High School Musical. E para aumentar a agitação, vem o barulho da impressora off-set, no piso superior, imprimindo esta edição do jornal que você está lendo agora. Meu pensamento voa e me leva ao alto de uma montanha, verde, mas tomada pela neve no seu cume, onde o silêncio ainda reina. Estou sentado na relva e neste momento apenas fito a paisagem, escutando ao fundo o som mágico de uma valsa vienense ou de uma balada com a maestria com que só o velho Bob Dylan sabe interpretar... Me sinto confortado pelo silêncio imaginário que produzo e de repente, me vejo numa rua de Calcutá, com milhares, milhões de pessoas, carros puxados por gente, ambulantes e até mesmo magos enfeitiçando serpentes com suas flautas! É o barulho máximo de uma grande e desordenada cidade do terceiro mundo. E na sabedoria de minha poltrona logo aprendo que o barulho doméstico da General Osório não é nada, comparado à tantos outros que existem por este mundo afora (já pensaram na avenida São João, em São Paulo, neste horário? !!!), e me conforto com o que tenho. É melhor mesmo ficar por aqui... Silêncio. Consigo a paz total, calmo e ausente do mundo que me cerca e do barulho que por vezes altera meu humor. Minha poltrona agora é imensa, esta sala não existe. Projeto imagens maravilhosas e deixo que minha mente comande meus pensamentos. Passa um filme colorido que eu nunca tinha visto, mas um filme que me entorpece os sentidos e faz meu corpo flutuar, levitar sem sair da poltrona um milímetro que seja. Amigos, devo estar enlouquecendo... Ou então, quem sabe, finalmente, estou deixando a insanidade de lado e ingressando na era da razão! Silêncio. Sabem o que vejo agora? O "The Cavern Club", em Liverpool, Inglaterra. Fico imaginando como foi a emoção do meu amigo "Bebeto" (Carlos Alberto Freitas) que me telefonou, dia desses, desde a cidade inglesa para contar que na noite seguinte iria visitar o lugar sagrado onde os The Beatles começaram sua carreira meteórica, que influenciou e mudou a vida dos jovens em todo o mundo, inclusive a nossa, não é mesmo Bebeto? Silêncio. Juro que não bebi. Não posso, não devo e não quero beber. Mas meu "porre", neste artigo está evidente! Saio da poltrona e tomo a melhor decisão do dia: vou na Imec comprar umas três ou quatro garrafas de cerveja Schincariol... sem álcool! O dia está lindo, eu amo o mundo, admiro a música que me vêm à mente, celebro a natureza, brindo às pessoas que passam na rua sem imaginarem que estou delirando ainda em dia claro! E para celebrar vou colocar as garrafas para gelar, pois precisam serem tomadas assim, mesmo que - maldição! - não tem álcool. Chimarrão não seria melhor?

terça-feira, 23 de outubro de 2007

VISITA NA SEGUNDA-FEIRA

Pois é, diz-se que quando se começa fazendo alguma coisa inesperada na segunda-feira, será assim pelo resto da semana... Na segunda-feira recebo a visita da professora Claudete Nascimento. Ela é leitora do blog e também do Jornal de Rio Pardo. Filha do seu Irineu Nascimento (já falecido) e da dona Estela Nascimento, pessoas muito especiais que conheci ainda na minha juventude. O seu Irineu era um homem muito divertido, alegre e gostava de reunir-se com jovens, em festas. Da dona Estela (professora dedicada e exemplar, durante toda a vida) lembro a educação, cordialidade, a maneira sempre simples com que recebia a gente em sua casa. Lembro dos churrascos que o Teco-Teco (Anderson, irmão da Claudete) organizava com o pessoal dos Candangos (para quem não lembra era a Escola de Samba campeoníssima do carnaval de Rio Pardo) na sua casa e o seu Irineu sempre tinha uma palavra alegre e otimista. Nessas festas eu gostava de escutar a excelente seleção musical que o Téco fazia de seus discos, ele tinha certamente uma das melhores discotecas de Rio Pardo. Dos Nascimento lembro ainda de um amigo muito especial: o Edson (nós o chamavámos de "Chinga-Puka", mas até hoje não sei porque, acho que o apelido foi dado pelo Renato Zinn), veterinário atuante hoje em Santa Catarina. Quando fundei o Jornal de Rio Pardo em 1976 ele foi um dos que me ajudou e me deu um apoio inesquecível. No ano passado, quando recebi o título de Cidadão Emérito de Rio Pardo, concedido pela Câmara de Vereadores, ele me telefonou lá de Santa Catarina e conversamos por alguns minutos. Um grande amigo, como vários outros que tenho. Ainda falando na família da professora Claudete, preciso citar a também professora Elizabeth (a "Beti") que em mais de uma vez foi Secretária MUnicipal de Educação e com quem convivi por quatro anos- ela nessa função e eu como Secretário de Turismo. Competente, organizada, disciplinada, a Beti foi uma das pessoas que mais fez pela educação em Rio Pardo. Hoje atua no Colégio Auxiliadora. Pois a Claudete foi a pessoa que passou um email para o site do Jornal lembrando do "frade de pedra" que sempre esteve na esquina da rua Ernesto Alves com a praça da Matriz. Naquela esquina funcionou por muitos anos um bar/armazém que o seu Irineu possuia e de onde também tenho boas recordações, das deliciosas comidas que pelo menos uma vez por semana fazíamos por lá. Porisso certamente, a Claudete lembrou do fradinho, que lhe era familiar desde sua infância. Eu coloquei aqui no blog (ainda está disponível para leitura) a matéria que publicamos a respeito no Jornal. Asssim sendo, na segunda-feira recebi a visita da Claudete, que está satisfeitra com a matéria e as explicações que foram dadas pelas autoridades e que agora - pelo menos é o que eu acredito - certamemnte voi recolocar o frade da esquina da praça em seu lugar original. Sua visita me inspirou a falar dos Nascimento, entre tantas famílas de Rio Pardo onde convivi, principalmente na minha juventude. Tenho outras famílias para serem focalizadas em breve! Mas a semana prossegue e recebi outras visitas e contatos muito especiais como o relatado aqui. Vou falando de cada um deles, aos poucos, durante esta semana.

sábado, 20 de outubro de 2007

NO UNIVERSO DOS BLOGS - III

Outro blog a ser anunciado: o da professora Zilk Herzog Meurer, "Viajando na Hidrosfera". Destina-se ao desenvolvimento de trabalhos com seus alunos da Escola Ernesto Alves. Bem montado, com excelente conteúdo, vale a pena dar uma passada e ver no seguinte endereço eletrônico: http://viajando.na.hidrosfera.zip.net/ . Para os internautas que residem em Rio Pardo e que tem acesso direto ao Jornal de Rio Pardo, em breve estaremos apresentando uma série de matérias sobre estes blogs , onde os leitores poderão saber mais sobre seus objetivos e conteúdos, incentivando assim a sua disseminação em nosso meio. Para os demais, que estão distantes, vamos publicar estes textos aqui no meu blog e/ou também no site do Jornal de Rio Pardo,em www.jornalderiopardo.com.br - aguardem!

EMOÇÃO SUPREMA

Quase nada me sensibiliza tanto ao ver a emoção do povo, principalmente se for alegre, mas também a tristeza me toca o coração. Muitas vezes ouvia de meu pai e do meu tio Nilton que estava lá naquele dia, a descrição da comoção popular quando da morte do presidente Getúlio Vargas, que se suicidou no Rio de Janeiro em pleno exercício da presidência da República. Aqui em Porto Alegre, milhares de pessoas sairam às ruas e sucederam-se cenas de muita emoção, indignação e até violência. Mas o que me impressionava mais era saber que o povo chorou nas ruas, que as pessoas realizavam verdadeiros discursos de lamento em esquinas e praças. O mesmo sentimento me assaltou, quando gurizote, vi o sepultamento do padre Broggi aqui em Rio Pardo, com as pessoas emocionadas e um número de gente que acho nunca mais foi superado. Recordo também da morte de Tancredo Neves e Airton Senna, ambas vistas já pela televisão. Outro momento marcante foi a primeira visita do Papa João Paulo II ao Brasil e ao Rio Grande do Sul, quando fui às lágrimas de emoção. E assim tenho tidos vários momentos, ainda mais agora que a TV mostra tudo e todos instantâneamente. Pois nesta quarta-feira à noite, fui novamente tomado por grande emoção ao ver mais uma vez o povo brasileiro vivendo momentos de imensa alegria. Como outros milhões, sentei-me em frente à Tv e acompanhei as transmissões das emissoras do jogo do Brasil contra o Equador. Foi uma noite perfeita, pois nada neste país, consegue deixar o povo mais feliz e eufórico do que o futebol. É a paixão nacional. Um sentimento coletivo democrático, que reune todas as classes sociais, raças e tudo mais, dentro de um estádio. A Integração é ainda maior, quando se trata da seleção, esta então, talvez a única e maior unanimidade nacional. Pois o que eu vi foi um povo sorrindo, alegre. Vi famílias inteiras, pais abraçados aos filhos, muita paz e vi rostos iluminados pela euforia da vitória completa e radiante que só o futebol brasileiro pode proporcionar. Em minha emoção crescia quando conseguia identificar em meio às imagens, pessoas humildes, certamente de poucas posses, que devem ter enfrentado dificuldades para garantir o pagamento do ingresso ao Maracanã. E nestes momentos, minha emoção transbordava. Era o povo sofrido, o povo marginalizado, o povo ludibriado, o povo aviltado por uma vida rua, desigual. Sorrindo, vibrando. Existe cena mais linda que essa? Corrijam-me se estou errado, mas creio que nada é mais bonito e emocionante que a felicidade do povo . Lembro agora de outras cenas, quando a seleção brasileira foi realizar um jogo de apresentação no Haiti. Lembram? Aquela mesma emoção, aqueles mesmos olhares, aquela mesma felicidade estava estampada nos pobres e sofridos haitianos ao ovacionar a seleção brasileira dirigindo-se do aeroporto ao Estádio onde foi realizado o jogo. Pois o Brasil dessa quarta-feira dormiu mais feliz e acordou mais alegre. Um consolo para milhões de pessoas que vivem angustiadas, narginalizadas nas grandes cidades, lutando de todas as formas pela sobrevivências diária. São pessoas simples, bondosas, puras. Sim, porque essa é a verdadeira face do povo brasileiro. O sorriso, a simplicidade, a pureza de sentimentos. Uma pena que tantos fatos contribuam diariamente para que esta face se feche, fique triste e indiferente. A indiferença surda mas condenatória à quase tudo que está aí, menos ao futebol... Esse sim, motivo de momentos de felicidade para nós todos brasileiros comuns e que nada mais queremos que isso: ser brasileiros!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

NO UNIVERSO DOS BLOGS

Minha "campanha" visando incentivar a criação de novos blogs em Rio Pardo, começa a dar seus frutos. Esta semana a professora Cinara Peres (foto) lanço seu blog na internet com o título de "Brincando na Escola", onde relata suas experiências no campo de educação, bem como trabalhos e atividades que são desenvolvidos por seus alunos. Para quem quiser passar por lá, vai o endereço: http://brincandonaescola.blogspot.com/.

DEZ ANOS

A seção "Gente de Rio Pardo" da edição passada do Jornal de Rio Pardo, trouxe como destaque minha estimada e querida amiga Vera Lucia Shultze, que chamo de "Veroka". Lendo sua história, que acompanhei e conheço tão bem, pois tivemos uma convivência fraterna desde a infância, não só com ela mas com toda sua família. São essas coisas de Rio Pardo, famílias inteiras que há várias gerações convivem, muitas vezes possuem laços de parentesco, e cultivam uma amizade que vem sendo mantida de pai para filho. É o nosso caso, uma convivência que vem desde nossos avós, talvez antes deles. Pois foi com satisfação que li o perfil dela no "Gente de Rio Pardo" com uma ponta de satisfação e orgulho, pois me sinto um pouco participante desta história como amigo e admirador do trabalho de uma riopardense que dedica e dedicou toda sua vida a Rio Pardo. Pois a Vera, no seu relato, traça uma comparação de como Rio Pardo evoluiu em termos de valorização de seu passado. Tanto ela como eu, vivemos tempos em que as pessoas que curtiam e defendiam a história local, a preservação e temas afins, eram alvos de gozações, de chacota, etc. E ela - em seu relato - chega aos dias de hoje, enumerando como essa situação mudou, como os jovens encaram de forma positiva estas questões, como já existem mecanismos legais que protegem a história local. Para chegar até aqui, a caminhada foi penosa. Lembro do Sobrado do "seu" Cazuca, que ficava ali na esquina ao lado do Banrsiul e que terminou sendo impiedosamente destruido. Chegamos a formar uma comissão que foi à Encruzilhada do Sul solicitar aos novos proprietários do local para que não destruissem aquele prédio. Nesse grupo estava a Veroka, o Raimundo Panatieri e eu, além de outras pessoas. A foto do grupo está no arquivo aqui do Jornal. Mas, fomos bem recebidos, ganhamos promessas animadoras e não deu outra: o prédio acabou vindo abaixo. Não existiam elementos legais que impedissem a destruição. Acho que este foi o primeiro movimento organizado, que foi formado e lutou concretamente rumo à manutenção de prédios antigos em Rio Pardo. Claro que temos aí a Uneama, da qual participei das primeiras reuniões, e que obteve esta vitória significativa com a restauração da antiga Escola Militar, hoje Centro Regional de Cultura. Mas, fico lembrando da gente, rumando à Encruzilhada naquela estrada que ainda não tinha asfalto, colecionando esperanças e projetando um futuro de realizações... Pois a matéria com a dra. Vera Schultze acontece justamente agora em que Rio Pardo completa dez anos sem ter um prédio sequer perdido para a especulação imobiliária, a insensibilidade, e a ignorância de pessoas que pensam em "destruir essas casa velhas" (felizmente isso está terminando...) sem se dar conta que agindo assim estaremos destruindo nosso futuro. E mais, a matéria sai na mesma edição em que noticiamos a assinatura de Termo que garante a vida de mais um prédio antigo, o "Sobrado Bandeira", que fica em frente à Imequinha. Mais uma ação exitosa coordenada pela Promotora Christine Mendes Ribeiro Grehs, ela que é grande responsável por esses dez anos de vitórias pela preservação de Rio Pardo. Minha amiga Vera tem grande parcela nesse novo momento e no nascimento de uma nova mentalidade, onde ser antigo não é mais ser ultrapassado e nem ser alvo de gozação. Pelo menos se isso ainda não é realidade completa, estamos muito próximos. Um bom motivo para brindarmos, não é mesmo, Veroka?

sábado, 13 de outubro de 2007

FRADES DE PEDRA - SÃO RAROS, MAS AINDA ESTÃO PRESERVADOS EM RIO PARDO

NAS FOTOS DESTA POSTAGEM: OS fRADES DE PEDRA, AINDA PRESENTES NA IGREJA SÃO FRANCISCO E MAIS ABAIXO, A DRA. VERA SHULTZE, ARQUITETA, RESPONSÁVEL PELO DPHARP
Um email enviado para a Redação do Jornal de Rio Pardo pela leitora Claudete Nascimento, chamou a atenção para os "frades de pedra", antigos marcos situados em determinados pontos do centro de Rio Pardo. A leitora solicitava ao Jornal que fosse
descoberto o destino dado a um antigo marco desses, que ficava na Praça da Matriz, esquina da rua Ernesto Alves com a rua Dílson C. da Rosa. Foi feito um trabalho de pesquisa pela equipe de reportagem , que pesquisou, e disso, surgiu a matéria que foi publicada na Capa do Caderno "Livre Expressão", edição de 12/10/2007 do JRP, que estou reproduzindo a seguir aqui, especialmente para os internautas que não estão em Rio Pardo e não leram esta edição do jornal.
OS FRADES DE PEDRA DE RIO PARDO
Estes marcos típicos de cidades antigas brasileiras e de colonização portuguesa, estão incorporados à paisagem urbana de Rio Pardo e muitas vezes passam desapercebidos pela maioria das pessoas. Mas certamente isso não aconteceu com a leitora Claudete Nascimento. Ela percebeu o desaparecimento de um frade de pedra (estes marcos são conhecidos também por "fradinho" ou "cabeça de frade") da esquina da rua Ernesto Alves com a praça da Matriz e levou o assunto ao conhecimento do Jornal de Rio Pardo via email. Sabendo que estes pequenos pontos são elementos históricos e integrantes de todo um conjunto arquitetônico de Rio Pardo, iniciamos levantamentos a respeito. Inicialmente, descobrimos o "desaparecimento" de pelos menos três "fradinhos": o primeito deles, graças ao alerta da leitora Claudete; o segundo por meio de um relato de um morador das proximidades da esquina da rua General Osório com a rua 13 de Maio (ponto ainda hoje conhecido por alguns como a esquina onde funcionava antigamente o Armazem de Januário Borba; e finalmente, outro (que não tem sua existência totalmente confirmada) que ficaria situado na esquina da rua Andrade Neves com a rua São Sebastião (junto a Igreja dos Passos). Além disso, conforme informações que recebemos do DPHARP (Departamento de Patrimônio Histórico e Artístico de Rio Pardo) também estariam desaparecidos fradinhos nas proximidades da Igreja da Aldeia de São Nicolau. O próprio Departamento realizou diligências no local e nada encontrou. Mas, colhemos a informaçção que pelo menos um desses marcos ainda existe, parcialmente destruido e encoberto pelo tronco de uma das árvores situadas em frente ao histórico templo daquele local.
DPHARP APRESENTA LEVANTAMENTO SOBRE TODOS OS FRADES DE PEDRA DE RIO PARDO
O DPHARP (Departamento de Patrimônio Histórico e Artístico de Rio Pardo), órgão vinculado à Prefeitura Municipal e que é dirigido pela arquiteta Vera Lúcia Schultze, vem realizando um trabalho de monitoramento dos frades de pedra de Rio Pardo. Nossa equipe, na busca de informações sobre o frade "desaparecido" da esquina da rua Ernesto Alves com a Praça da Matriz, entrou em contato com a Secretaria de Obras da Prefeitura que, por sua, vez, acionou o DPHARP. Alguns dias depois recebemos informaçoes da parte da dra. Vera, onde inclusive está esclarecido o destino dado ao fradinho da esquina lembrado pela leitora Claudete Nascimento. A seguir estamos reporduzinho na íntegra o texto recebido do DPHARP "O DPHARP - Departamento de Patrimônio Histórico e Artístico de Rio Pardo, vem através deste documento, prestar informações sobre os "Frades de Pedra" , relatando suas origens, quantidade e localização dos remanescentes. localizados na área urbana da cidade de Rio Pardo. 1- ORIGEM: Trata-se de um marco de pedra, com diâmetro variando entre 30 e 40 cm, com altura máxima de 1,40 m.Sua introdução no Brasil, deu-se no século XVIII, inicialmente na cidade do Rio de Janeiro e, sua função principal era a de proteger as frentes das igrejas, conventos e as esquinas das principais ruas e becos, do tráfego das carroças. O nome "Frade" originou-se, pela semelhança de seu coroamento, com a cabeça de um frade (Frater), membro de ordens religiosas, que na época usavam raspar os cabelos do topo da cabeça. 2- LOCALIZAÇÃO: Em Rio Pardo, atualmente, existem 13 unidades de "Frades de Pedra", assim distribuídas: • Igreja Matriz - 04 unidades; •Igreja São Francisco -04 unidades; • Rua da Ladeira esquina com a Rua Andrade Neves - 03 unidades; • Rua da Ladeira esquina com a Rua São Francisco - 02 unidades. Sabe-se que recentemente, a unidade que existia na Rua General Osório, esquina com a Rua 13 de maio, foi destruída em acidente de trânsito, segundo informações de moradores das imediações. A unidade localizada na Rua Ernesto Alves, esquina com a Rua Dílson C. da Rosa, foi provisória e temporariamente removida para a Rua da Ladeira, junto ao seu entroncamento com a Rua Andrade Neves, a fim de promover o bloqueio do tráfego de veículos, determinação do Ministério Público Federal. Para tal cumprimento, a Secretaria Municipal de Obras e Saneamento, projetou novos frades de pedra (cujo projeto foi previamente aprovado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN), porém a sua confecção ainda não foi efetivada pelo Poder Público Municipal, devido ao alto custo para a execução das peças de arenito, as quais requerem trabalho especializado de artífices canteiros. Portanto, no momento possível, os novos frades de pedra grês, serão locados definitivamente junto à esquina da Rua da Ladeira com a Rua Andrade Neves, e a unidade da Rua Ernesto Alves, retornará para seu local de origem. Tem-se notícias da existência, no passado, de unidades localizadas junto à frontaria da Igreja de São Nicolau. Porém , no mês de dezembro passado, o DPHARP, em visita de verificação ao local, constatou a falta das mesmas e, nem mesmo informações sobre a sua localização ou época e circunstâncias de sua retirada. ", finaliza a arquiteta Vera Lúcia Schultze.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

DEZ ANOS SEM NENHUMA PERDA!!!!

Acima, o "Sobrado Bandeira", salvo da destruição total, graças à ação da Promotoria de Rio Pardo.
Pois amigos, Rio Pardo completou 10 anos sem a perda de um prédio sequer dentre aqueles que são considerados de valor histórico e arquitetônico. Quer dizer: a destruição dos nossos prédios históricos, problema antigo e que terminou com muitas preciosidades arquitetônicas locais, parece que definitivamente não constitui ameaça.
Para mim, (já havia airmado na minha coluna no "Jornal de Rio Pardo") isso se deve preincipalmente à atuação de uma pessoa: a promotora pública Christine Mendes Ribeiro Grehs (foto à direita). Desde que ela assumiu este posto na comarca local, nunca mais nenhum prédio foi destruido. Filha de riopardense, neta do grande médico Miguel Mendes Ribeiro, até hoje lembrado pela população local, ela desenvolveu um precioso trabalho em torno da preservação dos prédios históricos locais.
Hoje, Rio Pardo tem o grande exemplo do Centro Regional de Cultura, cujo prédio histórico (local em que funcionou no passado a Escola Militar de Rio Pardo, onde estudaram vultos como Eurico Gaspar Dutra, Mascarenhas de Morais e Getúlio Vargas) foi restaurado pela iniciativa privada e está funcionando à todo vapor, com um centro irradiador de cultura e arte para toda a região central do Estado.
NAS FOTOS: o prédio como está hoje... e, abaixo, o prédio do Centro como estava antes da restauração!
Na semana passada, a dra. Christine marcou outro tento ao firmar um acordo que garante a restauração em 12 meses do prédio do "Solar Bandeira" que situa-se na rua Andrade Neves, em frente ao Super Mercado Imequinha.
Transcrevo a seguir, trecho da notícia publicada neste sábado passado no "Jornal de Rio Pardo": "Foi firmado junto à Promotoria Pública de Rio Pardo na tarde de quinta-feira, mais um importante acordo que estará possibilitando a conservação de um prédio histórico de Rio Pardo que se encontrava pratricamente em ruínas: o Sobrado dos Bandeira, situado na rua Andrade Neves, 195, (situado em frente à Imequinha e ao lado do antigo Fórum). O acordo foi através do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), firmado por treze (13) dos sucessores dos proprietários do Sobrado Bandeira. O acordo prevê a transferência do prédio a três adquirintes (Dagoberto Menezes, Sadir Garcia e Carlos Souza) e suas esposas, através de escritura pública de compra e venda, que tem um prazo para ser emitida em aproximadamente 30 dias. Os compradores, através do TAC, serão responsáveis pela execução das obras de recuperação do prédio, e sua reforma completa, dentro de um prazo fixado na ocasião da assinatura do contrato em 12 meses."
Os amigos blogueiros que estão longe de Rio Pardo, são filhos da terrra e estão sem vir aqui hà muito tempo, certamente estão supresos. Em Rio Pardo não existe mais aquela decadência de prédios antigos como acontecia anteriormente. Aleluia, Festejemos!

domingo, 7 de outubro de 2007

NO UNIVERSO DOS BLOGS

Estou iniciando uma "campanha" particular para que mais pessoas, em Rio Pardo, tenham seus blogs, coloquem suas idéias, seus anseios, suas reivindicações, loucuras, certezas e incerrtezas... Enfim, que mais gente possa usufruir deste espaço democrático e gratutitoque a internet nos proporciona que em outras cidades já é uma verdadeira "febre". É o caso de Santiago, que hoje conta com mais de 200 blogs, em que todos os segmentos estão representados. A propósito, quero noriciar o surgimento de dois blogs da riopardenses Patrícia Paranhos. O primeiro deles é o "QUERO - 30 KG" (para acessar: http://patiparanhos.blogspot.com/), onde ela conta sua luta diária contra a balança, buscando perder 30 kgs até o final de dezembro. O outro, é de textos intimistas e pessoais e tem o título de "Á Procura de Sonhos Reais" (para acessar: http://procuradesonhosreais.blogspot.com/ ). Se você conhece mais blogs de gente da terra, gostaria de divulgar aqui na me envie dados e endereço eletrônico para que possamos ir multiplicando os blogs de riopardenses!

QUESTÃO DE JUSTIÇA

Meus poucos leitores sabem: tenho procurado não abordar assuntos de política. O tema me incomoda e faz com que sempre acabe assumindo uma postura crítica. Isso pode e deve gerar aquele comentário no leitor: "- bah, já vem o Rogério falando mal dos políticos!". .. embora se saiba que eles quase nunca fazem por merecer ao contrário, especialmente aqueles que atuam em Brasília, são caras-de-pau, esbofeteiam a gente diariamente com suas atitudes e nos deixam com o sentimento de que somos bobos. Até mesmo os políticos locais já foram alvos de minhas críticas e desesperança, isso reforçado pela passagem que tive pela vida pública quando cheguei a ocupar por alguns meses, uma cadeira na Câmara Municipal e, sempre ouso confessar, não me senti confortável, de tal forma que não tentei disputar novamente uma vaga nessa função política. Isso que gosto de política, admiro uma peça oratória bem feita, um argumento defendido com argumentos bem fundamentados. Esta semana mesmo, assisti na Tv Justiça o ex-senador Paulo Brossard pronunciando-se em sessão do Supremo Tribunal Federal sobre a chamada "fidelidade partidária" e renovei minha admiração pelas palavras bem colocadas, as frases postas de improviso, mas na hora certa e com o poder de convencimento que o "velho" Brossard tão bem sempre soube expressar ao falar em público. Mas, fora estes aspectos, a política para mim está transformando-se na maior vergonha nacional. Porém, por uma questão de justiça, eu que tanto critiquei esta classe, hoje quero fazer referência aos políticos locais e entre estes, em especial, os vereadores riopardenses. Pois eles foram notícia na imprensa da capital na semana passada por ter sido nossa Câmara Municipal a que mais economia realizou, entre todos os legislativos gaúchos, conforme levantamento do Ministério Público de Contas (MPC), órgão ligado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Rio Pardo ficou no topo da lista que destacou as quatro cidades que mais economizaram no Estado, considerando ainda que foi o que mais perdeu vereadores a partir da decisão do TSE em 2004, de 19 para 9. Os outros três municípios, que tinham 21 e passaram para 10 vereadores, e também conseguiram diminuir as despesas foram: São Borja (17,39%), Alegrete (13,12%) e Santo Ângelo(0,30%). Esta informação é bastante expressiva na medida que se pode recordar os problemas que a Câmara local enfrentou com gastos e diárias, inclusive gerando notícias nacionais. Provando que buscam aperfeiçoar sua atuação, nossos vereadors desenvolveram um expressivo processo de economia, de limitação de gastos eo que se vê agora é resultado deste trabalho. Esperamos que essa austeridade ao gerir a coisa pública continue sendo a tônica na Cãmara Municipal de Rio Pardo. Essa conduta nos deixa certos de que nossos vereadores estão dando exemplo para todas as demais Câmaras gaúchas.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

ENCHENTES

Rio Pardo já foi uma cidade mais afetada pelas enchentes de seus dois rios, Jacuí e Pardo. Isso antes da construção da avenida Perimetral, que é uma barreira natural e protetora em relação às elevações do nível de nossos rios. Antes disso, um grande número de famílias era afetado e transformavam-se em flageladas a cada vez que as chuvas eram intensas. Isso criava uma espécie de "comércio das cheias". Existiam famílias inteiras que esperavam pela chegada das enchentes para terem suas casas atingidas e assim, serem beneficiadas com a ajuda natural que sempre recebiam nestas ocasiões. Com a construção da Perimetral, uma obra importante e vital para a cidade, esta situação mudou. Existiam muitas casas na rua que ficava em parte da avenida e que sempre era alagada nas cheias. Esses moradores foram removidos para outras regiões da cidade e automaticamente foi sendo resolvido um grave problema social. Aliás, lembro bem de um candidato a Prefeito que em debate no Salão Paroquial lançou essa idéia e foi ridicularizado. Na época se falava que era um sonho, uma loucura de um "visionário". Não revelo seu nome por questão de ética. Mas sempre que lembro desse candidato que não chegou a ser prefeito, recordo que ele estava com razão ao defender a construção de uma avenida circular na cidade. Algum tempo depois, a obra foi concretizada. E hoje, vemos na imprensa a informação estampada nos jornais e nas tvs mostrando cidades que foram terrivelmente invadidas pelas águas dos rios que lhes margeiam. São milhares de pessoas que foram atingidas, tendo suas casas alagadas, sofrendo perdas de móveis, eletro-doméstricos, etc. Aqui em Rio Pardo estes problemas praticamente não existem. Outro tema, mas relacionado, é que quando se fala de cheias em Rio Pardo, se lembra da famosa enchente de 1941, que aconteceu no mês de maio daquele ano. Como eu, muitos riopardenses foram criados ouvindo relatos sobre esta que foi a maior de todas, no Estado. Desde gurizote me acostumei a ouvir histórias fantasiosas do que esta enchente teria ocasionado em Rio Pardo. As marcas nos locais mais altos e distantes onde a água atingiu ainda existiam hà poucos anos atrás em alguns prédios situados nas imediações da Praia dos Ingazeiros. Mas também existem alguns registros fotográficos, Um deles me foi remetido no ano pássado pelo riopardense Flávio Fontoura. Ele é funcionário do Banco Central, residindo em Brasília e me mandou reportagem, do "Jornal do Brasil", do Rio de Janeiro, com uma grande foto da enchente em Rio Pardo. Também é conhecida uma foto que mostra a antiga a estação ferroviária da época tomada pelas águas. Esta estação ficava num grande prédio quase em frente à atual estação. Com a enchente ele foi sendo desativado e construido este que atualmente permanece fechado. RIOPARDENSE REALIZA CRÍTICAS Recebi email do riopardense Carlos Alberto da Silva Souto, onde o mesmo apresenta alguma críticas sobre nossa cidade leiam a seguir: "Já fiz críticas à Secretária de Turismo de Rio Pardo e agora novamente faço a este conceituado jornal. Sou riopardense, amo minha terra natal onde possuo amigos, mas é complicado se hospedar em Rio Pardo. Passei o Natal de 2006 aí na minha terra e no dia 25 de dezembro foi um terror achar um restaurante funcionando. Mesmo assim, continuo amando minha terra, pois em breve estarei retornando para aí me fixar profissionalmente. Um fraterno abraço." Este problema de infra-estrutura turística em Rio Pardo já virou um tema comum. Sempre que se fala em turismo, comenta-se o que o leitor Carlos Alberto agora está fazendo. Quero sugerir aos empresários do setor e autoridades, que nestas datas, seja realizado uma espécie de rodízio entre os restaurantes locais para que isso não ocorra. De qualquer forma, a crítica procede e merece ser registrada, assim como, ser devidamente observada pelo setor de turismo local. (Artigo publicado no Jornal de Rio Pardo, caderno "Livre Expressão", edição de 28 e 29/09/2007)

ESTOU RETORNANDO

Depois de vários dias ausente deste espaço, finalmente estamos novamente em condições de retornar ao convívio dos amigos que têm acessado este blog, muitos deles em cidades distantes e em outros Estados. Como já havia explicado na última postagem, uma sucessão de problemas me impediam de postar aqui, pois meu computador foi avariado pela ação de hackers.
A novidade qye lhes trago é que, aqui em Rio Pardo, estamos com os dois rios Jacuí e Pardo, em nível ainda elevado, devido às chuvas que se registraram principalmente na semana passada. Até mesmo a praia dos Ingazeiros, principal atração turística da cidade no veraneio, está tomada pelas águas. No dia de hoie (segunda-feira) o nível das águas já haviam sofrido uma boa redução, estive por lá no final da tarde e constatei que, mesmo com essa redução, continua a enchente. Vejam nas fotos.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

HACKERS: ELES EXISTEM

Estou escrevendo do hospital. Calma. não estou hospitalizado e nem com algum familiar, parente ou amigo nessa desagradável situação. É o meu computador. Sim, o meu computador está terrivelmente avariado pela atuação de um ou mais de um hacker! Estou levando-o para um "hospital de computador" onde a infecção provocada por invasores ocultos será devidamente combatida e extinta. Já fazem três dias que eles invadiram nosso servidor e cuasaram vários danos. Danificaram o site do Jornal de Rio Pardo, que por este motivo foi retirado do ar e agora atingiram meu próprio computador. A propósito, aviso aos leitores do site do JRP que ele deve voltar logo ao ar, talvez ainda amanhã, terça-feira. Consegui realizar esta postagem para dar este depoimento exclusivo: os hackers existem sim! Não são lendas criadas pelo homem moderno, nem tampouco produtos de ficção barata... Quero poder voltar ainda hoje para lhes postar algumas novidades, ainda mais que a chuva parou, e sobrevivi! Uma dupla vitória, pois nem os hackers e nem mesmo a chuva inclemente conseguiram nos derrubar...

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

DE CACHORRO, GATOS E... PAPAGAIO!

Como a grande maioria das pessoas que conheço tem sido assim. Comigo também. No meu caso, tudo começou com meu pai. Ele me deu valores, me definiu desde cedo formas de conduta. Nunca me proibiu de agir, mas sempre me mostrou claramente o que era errado. Com meu gênio "esquentado" seguidamente me envolvia em escaramuças e dele sempre vinha a reprimenda.O mais forte ensinamento recebido foi em relação à honra, à honestidade. Para ele e por consequência, para mim também, é a maior riqueza que um ser homano pode carregar, acompanhada, é claro, do conhecimento. E hoje? Bem, hoje percebo que essa história de honra, honestidade, não é bem assim. Têm-se a impressão que as pessoas estão esquecendo este fundamento básico do ser humano. Principalmente aqueles que estão galgando cargos, posições de mando e poder. Pelo jeito, para a maioria, quando se chega nesta fase, é hora de "fazer o pé de meia", mesmo que seja adotando expedientes ilegais e desonestos. E parece que isto está normal, tranformando-se numa banalização da desonestidade. Como tenho feito aqui, de uns tempos para cá, em meus textos estou procurando abolir temas como política, acontecimentos polêmicos, fatos que incomodam e preocupam as pessoas no dia-a-dia. Tenho buscado temas mais agradáveis e creio estar obtendo aceitação dos leitores. Mas hoje, sou obrigado a confessar, mais uma vez, que estou desencantado. Não vejo como pode ser diferente. Primeiro pelo que mais uma vez, os políticos sediados em Brasília, fizeram na semana passada, absolvendo o senador Renan Calheiros. Segundo pela liberação do bandido "Papagaio" para o regime semi-aberto. Essa me incomodou mais, me deixou com a sensação de que as leis que regulam estes temas estão fora da realidade. O assaltante de bancos esteve neste regime hà pouco tempo, fugiu, esteve foragido mais de 70 dias e foi capturado. Pois agora, ela já está de novo na condição de poder sair às ruas... E o que é mais intrigante: existem mais de 600 outros presos que estão aguardando este benefício antes do perigoso meliante! Confesso que não entendi. Gostaria mesmo que alguém me esclarecesse: como se pode soltar, menos de um ano depois, um assaltante de bancos que fugiu durante seu regime semi-aberto e com tantos crimes acumulados em sua vida pregressa? Diante de um fato desses a gente vai sentindo aumentar dois sentimentos que grassam hoje em dia: impunidade e insegurança. E é bom esclarecer: não estou criticando a justiça, as forças policiais e de segurança. Pelo contrário respeito-os e valorizo a função que desempenham. Todos cumprem as leis e essas, contam com mecanismos que permitiram às advogadas de Papagaio obterem este benefício através de habeas-corpus. Mas cá prá nós. hem gente: êta leizinha porca, essa! Colocar na rua assaltante de bancos que fugiu recentemente... Isso talvez venha a ser motivo de chacota no exterior, onde outros povos não entendem certas coisas que acontecem no Brasil. Esta é apenas uma "palha"... Deixo o tema para que vocês em suas casas, pensem, raciocinem e tirem suas conclusões. Para mim, está bem claro: essas leis, podem até terem sido elaboradas (e foram) por juristas renomados, mas na última e definitiva instância, foram aprovadas pelos... políticos de Brasília! E aí voltamos à eles, sempre eles... Enquanto isso, aqui em minha casa, vou me preparando para meu chimarrão matinal. Já passou das onze da manhã e definitivamente não quero me estressar com assaltantes andando soltos por aí, políticos corruptos sendo inocentados... Neste momento sou dono do mundo, sento na minha poltrona, com calma, tranquilidade. Sorvo meu "amargo " tendo ao meu lado a Brigitte, que "conversa" comigo sem poder dizer uma palavra sequer. Ela sim, atingiu a plenitude de espírito: não esquenta a cabeça com nada... Apenas emite alguns latidos para as crianças que às vezes passam correndo e gritando pela General Osório ou com os dois gatos que vivem livres nos muros das redondezas e audaciosamente chegam na porta da cozinha querendo ganhar um resto de comida... Enquanto isso, eu não sei latir, mas bem que gostaria de ter essa plenitude de espírito. Talvez seja esta uma das causas para que outras pessoas à cada dia mais descrentes, mais desencantadas, prefiram encastelar-se em suas casas, nas suas poltronas, com o poder do controle remoto á disposição! No meu blog "Transparências", aderindo às novas formas de comunicação, estou complementando este texto... Vocês poderão ver (se isso lhes interessar, é claro...) a felicidade do meu último reduto, minha poltrona, meu chimarrão, a sábia Brigitte, e os gatos - esses sim, livres e soltos! - que estão se tornando amistosos, chegando aos poucos, perdendo o medo da aproximação, deixando de serem ariscos e se aquerenciando por aqui... (Texto publicado no "Jornal de Rio Pardo", Caderno Livre Expressão, edição de 21 e 22/09/2007).
Nas fotos: acima, a esquerda, em primeiro plano, a "Akito" e atrás o "Amarelejo", gatos livres e soltos; abaixo, a esquerda, eu com todo o poder do controle remoto e ao meu lado o chimarrão; e finalmente abaixo, a direita, meu cunhado Sérgio Faleiro com a Brigite, minha sábia Poodle.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

TELEFONEMA DE RIOPARDENSE DESDE... LIVERPOOL, INGLATERRA

Eram poucos minutos antes das 8 horas da noite desta quarta-feira. Estava no computador e o telefone tocou. Minha filha Luiza atende e me diz que é " um amigo teu". Atendo e não demoro muito para identificar: do outro lado, está o querido e estimado amigo de infância e da vida inteira, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas (conhecido por alguns aqui em Rio Pardo por "Bebeto"). Filho do seu Assis Freitas, que por muitos anos foi proprietário de um armazém que existia na rua Júlio de Castilhos, próximo à Igreja Matriz, em frente ao Círculo Operário Rio Pardense e que também atuou durante anos na Corsan de Rio Pardo. Carlos Alberto é médico-veterinário dos mais renomados do país no setor de suinocultura. É diretor-superintendente da Cosuel - Cooperativa dos Suinocultores de Encantado, onde vem realizando um grande trabalho. Embora ele esteja longe de Rio Pardo hà muitos anos, sempre nos mantivemos em contato. É casado com a Terezinha, estimada amiga, que por sua vez é irmã de outro amigo especial, o Valdomiro Schramm, piloto de avião, proprietário de uma próspera empresa de aviação agrícola em Pantano Grande. Eles tem dois filhos: Juliano (hoje residente em Los Angeles - EUA, e que em julho casou com uma jovem portuguesa em festa realizada na cidade do Porto, Portugal) e a Carla, ondontóloga, residente em Porto Alegre. O casamento do JUliano aconteceu e eu estive preparado para viajar a Portugal e participar, mas fui impedido por recomendação médica... Pois o Carlos Alberto me liga nesta noite de quarta-feira. Minha surpresa foi maior quando ela me informa que está em Liverpool, no interior da Inglaterra, em um encontro internacional de suinocultura. Disse que lembrou-se de mim e do Daniel, meu irmão, porque amanhã à noite conhecerá a célebre "The Cavern Club", onde os The Beatles começaram! Lembrou-se dos nossos tempos, quando curtíamos o grupo inglês, que tanto influenciou a mudança de costumes que aconteceu em nossa época no mundo inteiro, na esteira do sucesso dos cabeludos de Liverpool. Meu amigo informa que a temperatura na cidade britânica está em torno de 10 graus, numa noite que promete esfriar mais ainda lá na Inglaterra. Conta que Liverpool possui 1,5 milhões de habitantes e que a Grande Liverpool tem em torno de 3 milhões. Uma cidade altamente industrializada e desenvolvida. Terminamos a conversa combinando um encontro, após seu retorno ao Brasil, em Lajeado (onde ele a a Terezinha residem) ou aqui em Rio Pardo, para falarmos dessa e de outras viagens que ele tem feito pelo mundo inteiro. Poderia falar muito aqui desse especial amigo. Mas prefiro guardar munição para outras postagens. Nos criamos juntos ali nos arredores da Igreja Matriz. Nossa juventude também foi compartilhada e até os primeiros anos da vida de casados também estivemos muito próximos. Depois, o Bebeto foi para Santa Catarina, andou por outras paragens e fixou-se profissionalmente em Encantado, na Cosuel. Tenho muita coisa para contar dele. E vou fazê-lo aos poucos, revelando as facetas desse riopardense que me orgulha não só por ser meu amigo pessoal de toda a vida, mas certamente hoje ser um orgulho para a comunidade rioparnse pelo seu êxito profissional e sua renomada competência.Para quem não está lembrando, informo ainda que o Carlos Alberto é irmão da professora Elsa que atua há muitos anos na Escola Ernesto Alves, aqui em Rio Pardo. E eu encerro, comentando com vocês leitores do Blog: viram só como são os riopardenses? Notem que, mesmo estando em qualquer ponto do mundo eles não esquecem esta terra? E meus amigos, então: são depositários de tantas histórias boas, tantos sentimentos fraternos e cordiais! Como não iria enaltecê-los aqui? Um abraço, Carlos Alberto, tome um caneco da mais pura cerveja inglesa no The Cavern, em homenagem à John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr! Na foto abaixo, em junho de 2007, na comemoração dos 60 anos da Cooperativa dos Suinocultores de Encantado, realizada no seu Parque Industrial, localizado no Centro de Encantado (RS), confraternizaram-se autoridades, amigos e executivos da Cosuel. É o que se observa na foto, onde aparecem o Deputado Estadual Luiz Carlos Heinze; o Superintendente da cooperativa, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas; o Vice-Presidente da cooperativa, Pasqual Bertoldi; o Presidente da Cooperativa, Gilberto Antônio Piccinini, e o Diretor Técnico da Genetiporc do Brasil, Werner Meincke. Carlos Aberto é o segundo, da esquerda para a direita.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

MESMO SE ESTANDO EM RIO PARDO, NEM TUDO SÃO FLORES

Preciso postar, estou ausente aqui no blog e os internautas podem parar de acessá-lo por não ter novos assuntos colocados...Compareci aqui na segunda-feira, no meio da tarde e depois a inspiração ficou prejudicada. Adotei uma regra básica e principal: postar apenas asuntos e aspectos positivos de Rio Pardo. Falar de temas polêmicos e desagradáveis, somente em casos relacionados com a ingrata e difícil missão de "fazer jornal" no interior do Rio Grande do Sul. Mas a verdade é que, como já me aconteceu tantas vezes, estou em crise de desencantamento... E quando se está sssim, fica mais difícil escrever, pelo menos no meu caso e principalmente porque aqui não quero falar de política e nem dessa "turma" que anda produzindo escândalos em Brasília, desviando verbas, recebendo propinas, distribuindo os chamados "mensalões" e outras tetras mais... Mas o fato é a absolvição ridícula, vergonhosa e ajeitada do senador Renan Calheiros, que me incomodou muito. E agora, nesta terça-feira, voltei a incomodar-me novamente com a liberação, em regime de prisão semi-aberto, do assaltante de bancos "Papagaio". Os dois fatos me deixam pensando, refletindo... Nós cidadãos, trabalhamos, pagamos impostos, temos dificuldades financeiras, pagamos fortunas por bens materiais, por planos de saúde (uma minoria, nesse caso) e tudo mais. Enquanto isso o que se vê são políticos sendo absolvidos descaradamente e criminosos sendo liberados para sair às ruas, mesmo já tendo fugado deste mesmo regime hà pouco tempo! E o píor, no caso do assaltante de bancos, passando a frente de mais de 600 presos que aguardam por este benefício legal... Sei que existem leis, sei que a justiça as cumpre. Mas, por favor, êta lei nefasta! Como prefito falar de assuntos agradáveis e para que esta postagem não fique apenas nisso, vamos mudar de assunto. E para você que não conhece Rio Pardo, que está acessando este blog em qualquer ponto do Brasil e que certamente já provou um doce que hoje está espalhado por todo o país, o "SONHO" (toto à direita), saiba que ele é originário de Rio Pardo. Foi no restaurante que funcionava na antiga estação ferroviária local no início do século XX que começaram a ser vendidos os Sonhos, que aos poucos foram espalhando-se e hoje ganharam todo o Brasil. Para marcar a importância desta delícia de orgiem portuguesa para uns e alemã para outros, existe aqui o "Festival Sonhos de Inverno"(foto à esquerda, abaixo) que é realizado anualmente, constituindo-se numa excelente atração turística de Rio Pardo que a cada ano está crescendo. Numa outra ocasião, vamos falar mais desse assunto, inclusive sobre o Festival e a história do surgimento do doce. Amanhã, terça-feira, estaremos de volta...

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

"A DISTÂNCIA SEMPRE ME MACHUCOU"

Foi assim que o riopardense Luciano Rodrigues sintetizou em sua mensagem remetida à este blog, a dor que qualquer pessoa, estando distante de sua terra-natal sente no coração. É uma dor que pode matar, causar profunda tristeza, gerar amargura que progressivamente vai transformando-se em angústia... Riopardense, saido daqui para trabalhar no Banco do Brasil e tendo percorrido boa parte do país, o Luciano postou uma mensagem, que agora pretendo comentar. Essa sensação de estar distante não é privilégio dos riopardenses, nativos de outras terras também carregam este sentimento. Portém, parece que nós somos extremamente arraigados em nosso sentimento de amor e afeição à cidade histórica e, em muitas situações, isso nos diferencia de outros casos... Pode ser uma pretensão, um exagero, mas realmente nós riopardenses amamos este chão, encontro de dois rios, formado na reistência invicta às tentativas de invasão castelhana... Um dos mais conhecidos poemas pátrios, "Canção do Exílio", obra do primeiro poeta autenticamente brasileiro, o maranhense Gonçalves Dias, escrito numa das ocasiões em que ele estava em terras de além mar, já sintetiza claramente esta sensação de estar distante, que tanto machuca, citada pelo Luciano na sua mensagem. Ao escrever: "NÃO PERMITA DEUS QUE EU MORRA, / SEM QUE EU VOLTE PARA LÁ; / SEM QUE DESFRUTE OS PRIMORES / QUE EU NÃO ENCONTRO POR CÁ" o poeta maranhense produziu uma obra eterna, que ainda hoje pode ser aplicada, especialmente em relação aos que estão distantes. E milhares de pessoas já experimentaram essa sensação de perda causada pelo afastamento da terra amada. Napoleão Bonaparte (reprodução de pintura, ao lado) deixou-se consumir pela doença e tristeza, exilado na Ilha de Elba. Igual dor sentiu Aldfred Dreyfus (foto) condenado injustamente a viver longe da França na "Ilha do Diabo" nos confins do mundo, na GuianaFrancesa. Nesses dois casos, tratavam-se de pessoas que foram obrigadas a deixar sua pátria por imposição governamental. Mas no caso dos "auto-exilados" que por motivos profissionais saem mundo afora, o sofrimento é ainda maior... Publico esta exposição porque entendo perfeitamente a dor de estar longe. Já estive longe, embora por poucos tempo, e senti na carne esta sensação. Ser "desgarrado" não é nada fácil e exige muita força pessoal para suportar.

sábado, 15 de setembro de 2007

RIO PARDO EM TEMPO DE CARRETEIRO

NAS FOTOS - o pessoal prepando o "maior carreteiro da região" no ano passado; e o pátio do Colégio Auxiliadora, onde aconteceu a mateada neste sábado
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Rio Pardo não é diferente da maioria das demais cidades gaúchas, que nesta época do ano ingressam no período de comemorações da "Semana Farroupilha", que é quando nós gaúchos reverenciamos a memória da Revolução Farroupilha, a chamada "Guerra dos Farrapos" que durou dez anos (de 1835 a 1845) e que nos enche de orgulho. Escrevo isso porque certamente internautas de outras regiões do país podem estar lendo esta postagem, talvez não saibam. Mas os gaúchos sabem bem e se orgulham muito disso.. E voltando, ao início, Rio Pardo também esta vivendo este clima. E além do churrasco que é o maior, melhor e mais consagrado prato da culinária gaúcha. aqui se saboreia muito o "carreteiro", outro prato tradicional, muito popular e que se destaca por ser bem mais barato que o churrasco. Neste sábado, ao meio-dia, eu e a Ana fomos até o Colégio Auxiliadora (onde meus filhos estudam) e saboreamos um delicioso carreteiro, bem ao jeito gaúcho e riopardense. Nesta manhã aconteceu no pátio do Colégio uma mateada, com apresentações artísticas e tudo mais. Uma manhã de sábado realmente agradável.
E continuando com os roteiros de carreteiros. Sei que agora à noite está acontecendo no CTG Rodeio da Saudade um carreteiro de charque, também já dentro das comemorações da Semana Farroupilha.
E amanhã, domingo, ao meio-dia, acontece novamente o "maior carreteiro da região", com panela gigante e tudo mais. Isso falando apenas desses três, porque estão e estarão sendo realizado muitos outros no decorrer desta Semana Farroupilha. A propóstico, leiam a seguir a matéria que publicamos na edição deste final de semana do Jornal de Rio Pardo à respeito:
"O MAIOR CARRETEIRO DA REGIÃO, DIA 16/9 - Consolidando-se como um tradicional evento dentro da programação da Semana Farroupilha, "o maior carreteiro da região" estará sendo preparado no dia 16 de setembro, domingo, a partir das 12hs. Quem desejar saboreá-lo deverá levar pratos e talheres. O Arroz de Carreteiro é tão típico como o churrasco. Qualquer gaúcho que se preze conhece aprecia um carreteiro autêntico e bem feito. O carreteiro é comum com refeição para grupos maiores e comemorações em geral e para finalizar pode-se fazer um ótimo carreteiro com sobras de churrasco. A origem do arroz de carreteiro é simples como o seu preparo. Os peões que levavam as tropas de gado usavam o charque (carne salgada) em suas idas e vindas, como alimento não perecível, e junto com o arroz abundante na região sul, preparavam essa refeição tradicional. O charque foi um dos propulsores da economia gaúcha do fim do século 19, da região sul do Rio Grande. O gado vinha do interior para as charqueadas que ficavam à beira do arroio Pelotas, onde eram abatidos e salgados, para então serem transportados em navios que saiam do porto de Rio Grande, para o norte do país e Europa. Não existe "a receita" de carreteiro, pois assim como o churrasco, cada um prepara o arroz com charque de maneira própria. E todos acham que o seu carreteiro é melhor, até porque não conhecem o meu!. A simplicidade é a tônica principal, muito tempero, legumes, enfeites e outros aditivos descaracterizam esse prato básico da culinária campeira. O melhor charque é o fresco (verde) e produzido com carne de primeira, apesar de que o charque feito duma costela gorda de novilho é especial."
O local do grande carreteiro é o Parque de Exposições dr. Apelles de Quadros, na avenida dos Amaraes, no bairro Boa Vista.
PS: na foto do carreteiro do ano passado, acabei de identificar agora, de costas, mexendo o carreteiro na panela gigante, o prefeito Joni Rocha...

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

DOS AMIGOS E AMIGAS BLOGUEIROS(AS)

Recebo alguns comentários de leitores. Fico satisfeito e envaidecido. Não tenho aqui um contador de acesso, mas tenho obtido alguns indícios de que algumas pessoas estão lendo este blog. Isso me deixa com a sensação de que estou no caminho certo. ---------- ANÔNIMO - não gosto de lidar com mensagens anônimas, ao longo dos anos, no jornal, sempre ignorei estas coisas. Mas aqui nlo blog vou abrir excessão . Alguém diz: "Que maravilha! Nos dias de hoje onde só se vê tristes histórias, mortes, roubos; é muito acalentador saber que ainda existe uma cidade que dá para passear calmamente, conversar com as pessoas, observar seus prédios e tudo isto sem que aconteça assalto, atropelamentos..." Pois amigo(a): Rio Pardo ainda é assim. Uma cidade que já não é tão pequena, mas ainda conserva características realmente especiais. ---------- IVAN WINK - "Fiquei mais vermeio do que um perú ao ler tais elogios dirigidos a minha pessoa e ao meu trabalho! Agradeço de coração pelos tais, embora lembrando que se não fosse pela existência do JRP pessoas bairristas como eu não teriam a sua disposição um canal onde desaguar suas letrices, que o vício de escrever faz brotar de um cérebro irrequieto e culminar nas pontas dos dedos que batucam teclas com imenso prazer!" Muito bem Ivan! Tudo que falei na postagem "Primeiro Email" é exatamente o que penso. Aliás agora, hà pouco passei um email para o Ivan lamentando não ter sido possível o JRP pulbicar seu texto desta semana. Para evitar que isso ocorra convidei-o para assinar uma coluna semanal no jornal! ---------- PATRÍCIA PARANHOS - fala do meu texto "O disco quebrado ainda está comigo" e se disse sensibilizada com seu conteúdo. Por falar em disco (long plays) ela está passando as gravações de disco para CD e quem quiser pode contatar com ela e realizar o processo. É só ligar para o celular da Patrícia:96223881. Ela encerra dizendo: "estou certa de que vou ler ainda muito artigos lindos escritos por vc". Certo, Patrícia, se a diabetes deixar, pretendo escrever muito ainda e por um tempo bem longo... ---------- AURÉLIO BEHLING (Uberlândia, MG) - riopardense, reside na cidade mineira e diz que "Encontrei teu blog graças ao site do Jornal de Rio Pardo e desde então tenho lido diariamente terus escritos. Parabéns pelo conteúdo e continue propagando e divulgando tantas coisas boas que temos." É mais um riopardense morando distante que procura na internet informações sobre a terra. Quanto a propagar coisas boas de Rio Pardo, essa é uma regra que estabeleci aqui e que pretendo seguir sempre... ---------- LUCIANO RODRIGUES - amigo, filho do dr Luiz Augusto Rodrigues, mais um da terra que anda por este país, conta em sua mensagem: "Depois de sair de Rio Pardo para morar em Caxias, acabei me aventurando por bandas ainda mais longes. Passei por Marabá (interior do Pará), Rondonópolis (MT) e minha querida Belém, cidade das mangueiras, porteira da Amazônia, onde casei. Mas a distância sempre me machucou." Ele informa ainda que está se mudando para Maringá, no Paraná. Portanto, bem mais perto do Rio Grande do Sul. Estou preparando uma postagem para e sobre ele, bem como sobre sua família. Na próxima semana. ---------- Essas postagens me sensibilizaram. São poucas, mas pelo menos servem para mostrar que as pessoas estão acessando! Tinha receio de colocar este blog no ar e ficar escrevendo para nada... Assim sendo, quero mais: quero escrever mais, ter tempo maior disponível. Quero cadastrar e começar a mostrar aqui os riopardenses que andam espalhados por aí, em todo o Brasil e pelo mundo afora... Nestes últimos dias foi difícil postar aqui. Mas prometo-lhes que vamos ser mais assíduos. Um bom final de semana à todos. Eu volto aqui ainda neste sábado.