segunda-feira, 26 de novembro de 2007

EM BUSCA DE ALTERNATIVA

Rio Pardo discute, hà vários meses, o que fazer com o Presídio. Instalado na rua principal da cidade, Andrade Neves, ele está num prédio de grande valor histórico, que sediou a Câmara Municipal ainda no período imperial.
Há muitos anos que o poder legislativo quer instalar-se definitivamente no seu prédio (hoje funciona em prédio alugado), mas com o Presídio por lá, fica na dependência de uma solução para o problema.
Várias reuniões já foram realizadas, reunindo autoridades e lideranças locais., Chegou a ser levantada a possibilidade de instalar o presídio na área de terras onde está instalado o 2o. BPM General Pinheiro Machado, mas esta possibilidade foi prontamente rechaçada pelos riopardenses. O "Jornal de Rio Pardo", em seu site (http://www.jornalderiopardo.com.br/) está realizando uma enquete onde os internautas estão opinando sobre o assunto. Os resultados da enquete mostram que a esmagadora maioria dos votantes quer o Presidío fora da cidade.
No prédio histórico (foto acima) onde está o presídio, funciona também o Museu Zoológico Municipal com uma valiosa coleção de animais empalhados.

O ANTICRISTO EXISTE

FOTO: Igreja Matriz, ponto de referência de Rio Pardo e também da minha infância, com momentos inesquecíveis... Hoje resido no outro lado da cidade hà mais de 30 anos, mas continuo sentindo saudades das badaladas compassadas e sonoras dos sinos da Matriz...
Fui criado sem medos. Não tinha escuro, tempestade, trovão, raios ou histórias de assombrações, que pudessem me assustar... Medo mesmo, fui ter quando descobri a figura do "Higino Louco", um preto forte e com aspecto assustador que andava pelas redondezas. Ele não gostava de crianças e carregava sempre um saco e uma foice. Depois, lembro de uma tarde que aconteceu um eclipse e o dia virou noite. Saí correndo pela rua desde a antiga Escola Fortaleza (ficava ali na Ernesto Alves, quase na esquina com a General Câmara, descida para a praia) até a minha casa. Quando passei pela Matriz, cuja rua estava sendo calçada, bati no escuro contra uma casinha de madeira onde eram guardadas as ferramentas dos calceteiros. O susto foi grande e pensei, tomado pelo medo, que para mim o mundo estava mesmo acabando... Aquele foi o maior medo da minha infância e a primeira vez em que achei que a morte iria me abraçar. Outras vezes na minha vida senti estar perto da morte, mas medo mesmo, estou sentindo somente agora - passados tantos anos. Sei que não sou um covarde... Mas calafrios me percorrem o corpo quando penso na figura sinistra do... anticristo que surgiu na Amércia do Sul! A figura é sinistra: geralmente de camisa vermelha e colocada sob uma calça militar, olhar penetrante, sorriso artificial forçado. Baixo, com aspecto de índio andino, ele me provoca pavor só de pensar em que estará pensando e arquitetando fazer em nosso continente. Falo de Hugo Chávez, homem que apoderou-se da Venezuela, onde reina absoluto e poderá permanecer no poder para sempre, graças às suas arquitetadas manobras jurídicas/eleitorais. Ele começou ganhando a eleição presidencial com idéias inovadoras. Logo arrumou uma briga com o vizinho presidente da Colômbia, que quase deu em guerra. Depois trocou farpas com o Equador, outro país da região. Mas isso era apenas o começo. Envolveu-se nas eleições presidenciais de vários países latino-americanos e ajudou outro bufão a eleger-se na Bolívia. Juntos passaram a agir rapidamente, nacionalizaram as empresas de petróleo, entre as quais a Petrobras, ação que o governo brasileiro fez vistas-grossas e deixou acontecer com uma suavidade e calma alarmante... O anticristo quer guerra, quer sangue e pretende levar todo o continente em seu intento. Tem desafiado de todas as formas os "anjinhos" americanos, que adoram uma guerrinha e qualquer dia, perdem a paciência e descarregam algumas milhares de toneladas de bombas no palácio onde o anticristo está sediado. E eu tremo de medo, pensando que isso poderá envolver o continente, o Brasil, a Argentina... O que será do futuro de nossos filhos, com um desatinado desses rodando o mundo e arquitetando ódios e rancores? Ele já aliou-se aos fanáticos xiitas iranianos, promete usar o petróleo como arma contras os americanos e europeus. E eu olho as imagens na tv do anticristo venezuelano desfilando em frente à tropas, corro para ver fotos nos meus livros da segunda guerra mundial e... acho semelhanças incríveis nos gestos, na pompa militar, na maneira irada de falar, com Adolf Hitler - aquele que levou o mundo ao caos e mandou matar milhões de judeus. Nem mesmo o formal e tímido rei da Espanha resistiu ao bufão dos andes, sugerindo-lhe com raiva: "Porque non te calas?" em cerimônia no Chile, que esse anticristo consegiu bagunçar com suas frases insanas! Tenho medo que a história se repita e que, tal como na Europa, como fez Hitler, Chavez traga muitos males para nosso continente. Somos povos pobres e sofridos, mas temos permanecido todos estes anos livres de guerras e ódios raciais. Será que é isso que ele quer trazer para nosso convívio? Quero um futuro melhor para nosso país e as vizinhas nações que formam a América Latina. Espero que não seja o projeto ganancioso e odioso de um homem só, capaz de colocar todo o futuro no rumo incerto de guerras, medos e sofrimentos. Esse filme já passou e espero que nunca mais seja reprisado. E que a história definitivamente não se repita.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

UMA VALSA

Em 1925 (hà 82 anos!) o fotógrafo e músico Raul Silveira compos e dedicou à minha avó ("dona Loloca") a valsa "Zila", nome de minha mãe. Pois neste sábado, no Clube Literário, será realizada, por iniciativa da Uneama, a "Noite Musical" em homenagem ao talento desta figura que, entre tantas outras atividades, foi músico e é o autor, da música do Hino à Rio Pardo, composto em 1973, em parceria com a professora Marina de Quadros Rezende (autora da letra). Nas lembranças de minha infância "seu" Raul e "dona" Talita têm lugar importante, assim como alguns outros vizinhos das imediações da General Osório, da Almirante Alexandrino e da General Godolfim. Eles, além de parentes da minha mãe, eram pessoas que estavam presentes nas festas , nos aniversários. Foi na casa deles que eu assisti televisão pela primeira vez em minha vida. O invento recem havia surgido e eu e o Daniel íamos quase todas as noites assistir a programação da Tv Piratini. Mas somente até as 21 horas, porque nesse horário tocava a canção que dizia: "Tá na hora de dormir / Não espere papai mandar / Um bom sono prá você / E um alegre despertar" ! E a dona Talita encerrava nossa sessão de cinema... Calmo, gentil, artista nato, o seu Raul produziu fotos de grande qualidade com visões primorosas, de Rio Pardo. Seu estúdio, ali no alto do sobrado da esquina do Calçadão, era um dos locais que eu mais gostava de visitar e observar. Pois neste sábado, vou estar entre as pessoas que vão escutar tantas e tão boas composições feitas pelo talento de Raul Silveira, entre essas a valsa feitra com o nome de minha mãe. Promete realmente ser um momento de encanto, sensibilidade, arte e recordações. Que ingredientes mais poderíamos querer para uma noite de sábado?

NOVEMBRO, 2007, FERIADO

A festa do CDL de escolha da Comerciária e do Comerciário estava ótima. Salão do tradicional Literário lotado, muita gente sorridente, alegria, descontração... O buffet do Giba (o comercial é de graça...) estava excelente. Até onde um diabético juramentado e policiado como eu, pode provar, gostei muito do filé ao molho madeira e dos filés de frango, mas apenas destinei um olhar para o porco caramelado. Este delicioso prato , por conter açúcar, está fora dos meus domínios... E depois da janta, apenas assisti ao espetáculo das pessoas formando fila e provando as delícias do buffet de doces, do qual ouvi elogios rasgados, pois estavam muito bons... Depois, a escolha da comerciária e do comerciário, que me pareceram razoáveis. O som da banda também estava agradável. Enfim, uma festa impecável. O CDL atuou muito bem na organização. Como perceberam, não sei redigir notas sociais, não sou colunista social, mas fica o registro... Saimos do Clube já na madrugada, com uma temperatura bem fria para essa época do ano. Não deu outra: quando cheguei em casa, minha garganta estava fechada! E lá fui eu, pobre mortal, tratar de combater o problema com os instrumentos caseiros disponíveis... E a cama estava convidativa! Na manhã seguinte, quando levanto, já estou em mais um feriado. Um sol tímido mas consistente, banha Rio Pardo. Ruas com pouco movimento, trânsito de veículos reduzido. Cá estou eu, de novo, começando a trabalhar. Para iniciar bem o feriado, um presente inesperado - meu computador simplesmente não acende... Pronto: meu feriado está transformado num transtorno. E lá vou eu, correr atrás de uma solução, que vem pelas mãos e conhecimento do amigo Roberto da Projetus (outro comercial de graça...) Mas já estou no meio da tarde deste feriado de quinta-feira, quando finalmente consigo sentar em frente ao pc e dar início as tarefas visando a edição do Jornal que nesta sexta-feira estará ciculando bem cedo por aí. Vida de quem faz jornal é assim: com contratempos e atropelos, mas fazer o que? Mais esta etapa está vencida, vamos em frente...

domingo, 11 de novembro de 2007

REACENDER A ESPERANÇA

Os sonhos não envelhecem. Passam os anos, mudam os sentimentos, as pessoas também sofrem mutações, mas os sonhos... eles conseguem manter-se quase que intactos. Meus sonhos também. Alguns estão adormecidos, mas jamais mortos. Um dia podem florescer. Sempre sonhei em ver minha cidade mais progressista, com empregos, e principalmente, sem que seus filhos tenham de ir embora em busca de empregos... Pois em 2007, acendeu-se em mim uma esperança de que isso finalmente pode estar à caminho. Novas empresas industriais chegam à cidade e no futuro bem próximo teremos o porto da Aracruz. Só isso já me serve para acender a chama da esperança. O Brasil também está nos meus sonhos. Muitas vezes senti e ainda sinto, vergonhas múltiplas por ser brasileiro. Esse sentimento vem à tona quando percebo a desigualdade, a injustiça, a corrupção. Mas mesmo assim,o sonho de ver esse país mais civilizado, com menos sofrimento de seu povo, permanece vivo em mim, embora eu sempre soubesse que para chegar a esse patamar o Brasil ainda terá de percorrer um longo país. Mas estou trabalhando no meu computador, quando recebo uma notícia que fez reacender a luz verde da esperança dos meus sonhos. O Brasil foi contemplado hoje com a descoberta de uma gigantesca reserva de petróleo e gás natural na bacia de Santos, com um potencial tão grande que será capaz de colocar nossa nação ao nível dos países árabes e da Venezuela, aqui no nosso continente! De tal forma que poderemos vender petróleo para o mundo todo, poderemos ter nossa própria produção de gás (sem depender , como agora, da Bolívia) e assim alcançarmos nossa independência economica. Talvez tenha sido por isso que um "estrondo" misterioso fez sentir-se nos céus de Rio Pardo nesta tarde quente de quinta-feira. Leitores começaram a telefonar, pessoas falaram em terremoto, outros em trovão gigante e houve até quem invocasse o final dos tempos... Parece que foi mesmo um caça da força aérea brasileira, em manobras militares, que rompeu a barreira do som nas proximidades de nossa cidade. A luz elétrica piscou, paredes tremeram, houve mesmo quem afirmasse que prédios poderiam ter desabado... Eu prefiro achar que as forças divinas estão comemorando a descoberta na bacia de Santos! Agora, passadas algumas horas da chegada da notícia e do estrondo que intrigou muita gente, começo a projetar como será o Brasil rico em petróleo. E lentamente, começam a surgir temores. Será que toda a riqueza gerada pelo produto mais valioso e mais cobiçado do planeta, haverá de reverter em benefícios para os brasileiros mais pobres? Ou será que acabará servindo de trampolim para o acúmulos de fortunas, para o exercício do poder por grupos inescrupulosos? E este manancial fantástico existente em nosso sub-subsolo marinho já não estará gerando a cobiça de outras nações e coglomerados internacionais? Quando chego neste ponto do raciocinio, o medo me assalta, pois lembro de regiões conflagradas, onde a razão dos conflitos militares parece ser justamente a disputa pelo controle do petróleo. E então, prefiro parar com meu raciocínio, porque não tenho bola de cristal, não sou Nostradamus e não tenho o dom de prever o futuro... Hoje, com todos os problemas que temos, é certo que o brasileiro comum consegue manter sua alegria inata, sua pureza de sentimentos, como nenhum outro povo do mundo consegue fazê-lo. Espero que depois dessa descoberta, possa continuar sendo assim. A partir de agora, certamente vão "botar o olho" em nosso país e é aí que mora o perigo... E então, a gente começa a pensar: não seria melhor ficarmos assim, sem o petróleo para chamar a atenção do mundo? Não seria melhor nos deixarem quietos em nosso canto, com nossos problemas de país pobre (mas feliz)? Não sei não. Estou em dúvida. É melhor parar por aqui, comecei escrevendo para comemorar a notícia e terminei - sem me dar conta - manifestando medo do que poderá vir por aí...

GOSTEI E NÃO GOSTEII

O presidente Lula é um brasileiro comum. Sem estudo, sem polimento elitista, ele saiu do nordeste e foi ser metalúrgico em São Paulo (e cito estes dados, porque acho que dignificam sua figura). Ingressou no movimento sindical, virou político, fundou o PT e hoje é presidente da nação. Merece respeito, pois seu feito é inédito na política brasileira. Até aí tudo bem... Mas o homem que ocupa aquela função máxima da política nacional pelo menos precisa ter a postura que o cargo exige. E ter cuidado com o que fala, principalmente em suas viagens ao estrangeiro, pois quem está sendo ouvido e interpretado mundo afora, não é o nordestino metalúrgico, mas o presidente do Brasil. Como cidadão brasileiro não gostei, nem um pouco, da postura do nosso presidente na cerimônia em que o Brasil foi indicado para sediar a Copa do Mundo de 2014. Primeiro, tenho sérias dúvidas se o Brasil pode e deve sediar um evento como este. Segundo, suspeito que as obras grandiosas que forem feitas serão super-faturadas, terão o "por fora" , etc... Terceiro, suspeito que o país está precisando de outros empreendimentos imediatos, para agora, e não uma série de obras para 2014. Quarto, não aprovei que se constitua uma delegação para ir à Fifa receber a indicação da Copa e nela não esteja Pelé, o maior jogador de todos os tempos, conhecido e reconhecido em todo o mundo. E, finalmente, em quinto lugar, o que mais me incomodou e me desagradou foi a "brincadeirinha" indigesta, de mau-gosto e inadequada feita pelo presidente com os argentinos. Odeio os argentinos no futebol, embora os respeite muito, pois sei que eles jogam um futebol primoroso, o único no mundo que considero no nível do que nós brasileiros praticamos... Mas esse sentimernto é restrito apenas ao futebol. Não nutro ódio pela nação argentina e seus habitantes. Ao contrário: admiro a cultura, a educação e o espírito patriótico que eles possuem. Não concordo com ódios e rancores, acho mesmo que temos de unir os povos vizinhos, especialmente os latino-americanos. Conheço a Argentina, especialmente Buenos Aires e pude constatar a grande cultura que aquele povo possui. Em relação à Copa do Mundo, não aceito que no momento de alegria pelo Brasil ter sido escolhido como sede, justamente o presidente vá dirigir provocações aos nossos vizinhos. Ao contrário, ele deveria ter convidado os vizinhos argentinos, uruguaios, paraguaios e outros, para que venham conhecer o Brasil desde já e se preparem conosco para um grande evento como a Copa do Mundo. Essa sim, seria a conduta adequada de um Presidente... Tenho outro temor em relação à Copa: de que o Brasil agora pare literalmente, esperando pela chegada do ano de 2014. Como se sabe, nossos anos só começam em março, depois do carnaval e das férias. No ano passado, o ano só começou depois que a Copa da Alemanha foi realizada. Pois minha intuição me diz que o Brasil poderá entrar em letargia, esperando pela chegada da Copa de 2014. Especialmente no setor público, poderemos ver explicações do tipo "estamos aguardando a Copa" ou "a prioridade são as obras da Copa", etc. Temos bem presente o exemplo dos Jogos Panamericanos. Foi gasto um dinheiro que poderia ter solucionado muitos problemas. Restaram dívidas, um estádio que agora está sendo usado esporádicamente pelo Botafogo, um estádio de natação (sem similar no mundo, exageradamente luxuoso) que vai ficar sendo utilizado com pouca frequência... Uma competição onde as medalhas do Brasil foram enaltecidas pela rede de Tv que domina a opinião pública e que nunca esclareceu que estas conquistas na sua maioria foram obtidas pelo fato de Estados Unidos e Canadá terem comparecido com equipes reservas para competir. Mas, por outro lado, claro que eu gostei de saber que a Copa será disputada no Brasil. Claro que eu gostaria de ganhar a final da Argentina! Afinal de contas, sou brasileiro e é muito bom ganhar deles, especialmente numa ocasião dessas! Quero poder acompanhar tudo em 2014. Mas que não seja essa festa do esporte realizada à custa de mais um sacrifício para o nosso já sofrido e calejado povo...

terça-feira, 30 de outubro de 2007

A COPA EM 2014 - MINHA NOVA META, E OUTROS ASSUNTOS

É isso, amigos: todo mundo já sabe, mas vale repetir: o Brasil vai sediar a Copa de 2014. algumas horas atrás as TVs transmitiram ao vivo, desde Zurich (na Suíça) a cerimônia em que nosso país foi oficialmente anunciado como sede deste que é o maior evento futebolístico do mundo. Assiisti boa parte da cerimônia e lembrei muito de Zurich, cidade que conheci durante minha viagem/aventura de trem pela Europa. Cheguei lá com um terrível torcicolo, Até aí tudo, bem o curioso é que andava sozinho, acabei fazendo amizade com uns brasileiros que estavam exiliados na Suíça e entre estes, havia um argentino. Ex-guerrilheiro, também exilado. Pois foi ele, utilizando um limão e contraindo meu pescoço, que com seus dedos, praticamente terminou "na hora" com o desconforto causado com o torcicolo. Depois disso sai para caminhar e conhecer esta cidade bonita, arborizada, calma, mas também cosmopolita. Mas isso é assunto para outra postagem. O fato é que o Brasil sediará a Copa de 2014; E eu quero estar vivo para assistir, nem que seja pela televisão... Como se sabe, tenho comentado aqui e no jornal, sou uma pessoa com a saúde em risco. Enfrento o fantasma da diabetes, tenho histórico de hipertensão na família e 3 anos sofri com uma grave e rara doença, uma paralisia que quase me levou dessa pra outra... Será que estarei aqui em 2014? Assim como a amiga Patrícia Paranhos lançou seu blog "QUERO! - 30 kgs", eu estou pensando em lançar também outro, que poderia ser intitulado "QUERO ! - Copa de 2014", onde iria enumerar as razões para estar vivo até lá e a luta para atingir este objetivo... Será que conseguirei? Será que poderia manter um blog desses por tanto tempo em atividade? Minha visão é outra ameaça permanente, mas nem que tenha de ditar meus textos, pretendo assumir mais essa...O que vocês acham, amigos bloguistas militantes? Aguardo opiniões e conselhos... sim, conselhos, pois estou precisando muito do conselho e da sabedoria de vocês. ========== O AMARO GARCIA é um antigo e especial amigo. Esteve comigo numa época muito bonita de minha vida. Época de muitos sonhos, ilusões e de muita alegria. A vida nos separou, ele seguiu suas atividades públicas na Polícia Federal, rodou e hoje está em Santa Maria. Aposentado, em paz consigo e com os seus. Com o blog e o site do Jornal de Rio Pardo, voltamos a manter contato. Neste final de se
mana ele esteve em Rio Pardo participando do Baile de Debutantes do Clube Literário e Recreativo (pois é, aqui ainda existe baile de debutantes...) e recebi a foto dele e esposa em plena dança no salão do mais-que-centenário clube da rua Andrade Neves. Vou falar mais do Amaro aqui no blog, em outra postagem, especialmente do período três décadas atrás quando fundei o jornal e ele me ajudou muito nos primeiros tempos. ========== Recebi no jornal, na segunda-feira, a visita da dra. Ana Lucia Bandeira dos Santos. Riopardense, ela que advogou por muitos anos em Rio Pardo hoje atua como empresária em Porto Alegre, lançou recentemente um livro de poesias ("Amor de Borboleta") que me presenteou nesta ocasião. Um livro denso de emoções, de sentimentos e muita sensibilidade. Na dedicatória escrita por ela na redação, indicou o caminho certo para que eu pudesse penetrar no seu mundo tão vasto e rico: "este livro retrata a "borboleta" de uma vida repleta de risos e lágrimas, por isso deverá ser lido com os olhos do coração". E é assim que comecei, ainda ontem, a ler o livro: com meu coração de poeta atento e aberto... E foi com emoção que li, apenas para destacar uma entre tantas, a poesia "Rua da VIda", onde fala a pena singular da Ana Lucia: "Amor é o grande sentimento que move o mundo. / Entre os mortais, escolheste sempre o sortudo. / O eleva ao nirvana da almejada felicidade. / Depois o empurra ao abismo da saudade", bonito, profundo, carregado de emoção... O livro "Amor de Borboleta" pode ser adquirido nas livrarias , inclusive em Rio Pardo, e é um lançamento da Edições Renascenças Ltda. Voltarei a falar dele. ========== EDUARDO LOUZAD0 , é um jovem professor riopardense que está trabalhando no Timor-Leste (novo país, de fala portuguesa, situado junto à Indonésia, Ásia) e que em breve vai começar a escrever no Jornal de Rio Pardo um relato semanal sobre aquela nação e sua experiência por lá. Ele é o único gaúcho de um grupo de professores brasileiros atuando naquela região. Estou curioso e acho que os leitores vão gostar, pois a experiência é realmente marcante
(A foto aí é do Eduardo em Dili, a capital do Timor-Leste. Essa foto eu peguei sem permissão dele, "roubei" no orkut e coloquei aqui para que vocês vejam em primeira mão! Espero que ele não fique furioso pela minha ousadia e que me perdoe...)

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

SILÊNCIO... APENAS SILÊNCIO

Silêncio. Quase calma total, não fosse algum pedestre apressado que passa na rua em busca de seu destino. Uns vão e outros vêm. Alguns buscam o supermercado que fica próximo, outros estão voltando do centro depois de uma jornada de trabalho e seguem pela rua de cabeça baixa, absortos em seus pensamentos. Já são mais de 18h, mas o sol ainda vai forte, dificultando minha visão e afugentando meu olhar, da porta para a rua. Silêncio. Passa um carro descendo a General Osório em direção aos bairros. Logo em seguida vem uma moto anunciando ofertas imperdíveis de uma loja da cidade. Que droga, o texto é o mesmo de sempre, os caras não mudam nada, descubro que já sei decor o que vai ser anunciado... Ligo a tv, afinal ela está aqui, em frente da minha poltrona. Vou aos notíciários das redes americanas e descubro que a maior potência do mundo ainda não conseguiu apagar os incêndios que avançam por vários pontos da Califórnia. Percebo irritação na imagem do senador norte-americano protestando que os soldados que estão no Iraque deveriam de estar lá, combatendo o fogo... E penso que se eles, com toda tecnologia, poder e dinheiro não conseguem apagar incêndios, como vamos nos brasileiros apagar nossas mazelas diárias, nossa miséria social? Silêncio. Ouço vozes familiares vindas da rua e descubro que meu momento de reflexão está terminando... Logo a casa volta a ficar agitada. O volune da Tv sobe, o computador ao lado é acionado pela Luiza que, por sua vez, passa a ouvir e cantar as músicas da High School Musical. E para aumentar a agitação, vem o barulho da impressora off-set, no piso superior, imprimindo esta edição do jornal que você está lendo agora. Meu pensamento voa e me leva ao alto de uma montanha, verde, mas tomada pela neve no seu cume, onde o silêncio ainda reina. Estou sentado na relva e neste momento apenas fito a paisagem, escutando ao fundo o som mágico de uma valsa vienense ou de uma balada com a maestria com que só o velho Bob Dylan sabe interpretar... Me sinto confortado pelo silêncio imaginário que produzo e de repente, me vejo numa rua de Calcutá, com milhares, milhões de pessoas, carros puxados por gente, ambulantes e até mesmo magos enfeitiçando serpentes com suas flautas! É o barulho máximo de uma grande e desordenada cidade do terceiro mundo. E na sabedoria de minha poltrona logo aprendo que o barulho doméstico da General Osório não é nada, comparado à tantos outros que existem por este mundo afora (já pensaram na avenida São João, em São Paulo, neste horário? !!!), e me conforto com o que tenho. É melhor mesmo ficar por aqui... Silêncio. Consigo a paz total, calmo e ausente do mundo que me cerca e do barulho que por vezes altera meu humor. Minha poltrona agora é imensa, esta sala não existe. Projeto imagens maravilhosas e deixo que minha mente comande meus pensamentos. Passa um filme colorido que eu nunca tinha visto, mas um filme que me entorpece os sentidos e faz meu corpo flutuar, levitar sem sair da poltrona um milímetro que seja. Amigos, devo estar enlouquecendo... Ou então, quem sabe, finalmente, estou deixando a insanidade de lado e ingressando na era da razão! Silêncio. Sabem o que vejo agora? O "The Cavern Club", em Liverpool, Inglaterra. Fico imaginando como foi a emoção do meu amigo "Bebeto" (Carlos Alberto Freitas) que me telefonou, dia desses, desde a cidade inglesa para contar que na noite seguinte iria visitar o lugar sagrado onde os The Beatles começaram sua carreira meteórica, que influenciou e mudou a vida dos jovens em todo o mundo, inclusive a nossa, não é mesmo Bebeto? Silêncio. Juro que não bebi. Não posso, não devo e não quero beber. Mas meu "porre", neste artigo está evidente! Saio da poltrona e tomo a melhor decisão do dia: vou na Imec comprar umas três ou quatro garrafas de cerveja Schincariol... sem álcool! O dia está lindo, eu amo o mundo, admiro a música que me vêm à mente, celebro a natureza, brindo às pessoas que passam na rua sem imaginarem que estou delirando ainda em dia claro! E para celebrar vou colocar as garrafas para gelar, pois precisam serem tomadas assim, mesmo que - maldição! - não tem álcool. Chimarrão não seria melhor?

terça-feira, 23 de outubro de 2007

VISITA NA SEGUNDA-FEIRA

Pois é, diz-se que quando se começa fazendo alguma coisa inesperada na segunda-feira, será assim pelo resto da semana... Na segunda-feira recebo a visita da professora Claudete Nascimento. Ela é leitora do blog e também do Jornal de Rio Pardo. Filha do seu Irineu Nascimento (já falecido) e da dona Estela Nascimento, pessoas muito especiais que conheci ainda na minha juventude. O seu Irineu era um homem muito divertido, alegre e gostava de reunir-se com jovens, em festas. Da dona Estela (professora dedicada e exemplar, durante toda a vida) lembro a educação, cordialidade, a maneira sempre simples com que recebia a gente em sua casa. Lembro dos churrascos que o Teco-Teco (Anderson, irmão da Claudete) organizava com o pessoal dos Candangos (para quem não lembra era a Escola de Samba campeoníssima do carnaval de Rio Pardo) na sua casa e o seu Irineu sempre tinha uma palavra alegre e otimista. Nessas festas eu gostava de escutar a excelente seleção musical que o Téco fazia de seus discos, ele tinha certamente uma das melhores discotecas de Rio Pardo. Dos Nascimento lembro ainda de um amigo muito especial: o Edson (nós o chamavámos de "Chinga-Puka", mas até hoje não sei porque, acho que o apelido foi dado pelo Renato Zinn), veterinário atuante hoje em Santa Catarina. Quando fundei o Jornal de Rio Pardo em 1976 ele foi um dos que me ajudou e me deu um apoio inesquecível. No ano passado, quando recebi o título de Cidadão Emérito de Rio Pardo, concedido pela Câmara de Vereadores, ele me telefonou lá de Santa Catarina e conversamos por alguns minutos. Um grande amigo, como vários outros que tenho. Ainda falando na família da professora Claudete, preciso citar a também professora Elizabeth (a "Beti") que em mais de uma vez foi Secretária MUnicipal de Educação e com quem convivi por quatro anos- ela nessa função e eu como Secretário de Turismo. Competente, organizada, disciplinada, a Beti foi uma das pessoas que mais fez pela educação em Rio Pardo. Hoje atua no Colégio Auxiliadora. Pois a Claudete foi a pessoa que passou um email para o site do Jornal lembrando do "frade de pedra" que sempre esteve na esquina da rua Ernesto Alves com a praça da Matriz. Naquela esquina funcionou por muitos anos um bar/armazém que o seu Irineu possuia e de onde também tenho boas recordações, das deliciosas comidas que pelo menos uma vez por semana fazíamos por lá. Porisso certamente, a Claudete lembrou do fradinho, que lhe era familiar desde sua infância. Eu coloquei aqui no blog (ainda está disponível para leitura) a matéria que publicamos a respeito no Jornal. Asssim sendo, na segunda-feira recebi a visita da Claudete, que está satisfeitra com a matéria e as explicações que foram dadas pelas autoridades e que agora - pelo menos é o que eu acredito - certamemnte voi recolocar o frade da esquina da praça em seu lugar original. Sua visita me inspirou a falar dos Nascimento, entre tantas famílas de Rio Pardo onde convivi, principalmente na minha juventude. Tenho outras famílias para serem focalizadas em breve! Mas a semana prossegue e recebi outras visitas e contatos muito especiais como o relatado aqui. Vou falando de cada um deles, aos poucos, durante esta semana.

sábado, 20 de outubro de 2007

NO UNIVERSO DOS BLOGS - III

Outro blog a ser anunciado: o da professora Zilk Herzog Meurer, "Viajando na Hidrosfera". Destina-se ao desenvolvimento de trabalhos com seus alunos da Escola Ernesto Alves. Bem montado, com excelente conteúdo, vale a pena dar uma passada e ver no seguinte endereço eletrônico: http://viajando.na.hidrosfera.zip.net/ . Para os internautas que residem em Rio Pardo e que tem acesso direto ao Jornal de Rio Pardo, em breve estaremos apresentando uma série de matérias sobre estes blogs , onde os leitores poderão saber mais sobre seus objetivos e conteúdos, incentivando assim a sua disseminação em nosso meio. Para os demais, que estão distantes, vamos publicar estes textos aqui no meu blog e/ou também no site do Jornal de Rio Pardo,em www.jornalderiopardo.com.br - aguardem!

EMOÇÃO SUPREMA

Quase nada me sensibiliza tanto ao ver a emoção do povo, principalmente se for alegre, mas também a tristeza me toca o coração. Muitas vezes ouvia de meu pai e do meu tio Nilton que estava lá naquele dia, a descrição da comoção popular quando da morte do presidente Getúlio Vargas, que se suicidou no Rio de Janeiro em pleno exercício da presidência da República. Aqui em Porto Alegre, milhares de pessoas sairam às ruas e sucederam-se cenas de muita emoção, indignação e até violência. Mas o que me impressionava mais era saber que o povo chorou nas ruas, que as pessoas realizavam verdadeiros discursos de lamento em esquinas e praças. O mesmo sentimento me assaltou, quando gurizote, vi o sepultamento do padre Broggi aqui em Rio Pardo, com as pessoas emocionadas e um número de gente que acho nunca mais foi superado. Recordo também da morte de Tancredo Neves e Airton Senna, ambas vistas já pela televisão. Outro momento marcante foi a primeira visita do Papa João Paulo II ao Brasil e ao Rio Grande do Sul, quando fui às lágrimas de emoção. E assim tenho tidos vários momentos, ainda mais agora que a TV mostra tudo e todos instantâneamente. Pois nesta quarta-feira à noite, fui novamente tomado por grande emoção ao ver mais uma vez o povo brasileiro vivendo momentos de imensa alegria. Como outros milhões, sentei-me em frente à Tv e acompanhei as transmissões das emissoras do jogo do Brasil contra o Equador. Foi uma noite perfeita, pois nada neste país, consegue deixar o povo mais feliz e eufórico do que o futebol. É a paixão nacional. Um sentimento coletivo democrático, que reune todas as classes sociais, raças e tudo mais, dentro de um estádio. A Integração é ainda maior, quando se trata da seleção, esta então, talvez a única e maior unanimidade nacional. Pois o que eu vi foi um povo sorrindo, alegre. Vi famílias inteiras, pais abraçados aos filhos, muita paz e vi rostos iluminados pela euforia da vitória completa e radiante que só o futebol brasileiro pode proporcionar. Em minha emoção crescia quando conseguia identificar em meio às imagens, pessoas humildes, certamente de poucas posses, que devem ter enfrentado dificuldades para garantir o pagamento do ingresso ao Maracanã. E nestes momentos, minha emoção transbordava. Era o povo sofrido, o povo marginalizado, o povo ludibriado, o povo aviltado por uma vida rua, desigual. Sorrindo, vibrando. Existe cena mais linda que essa? Corrijam-me se estou errado, mas creio que nada é mais bonito e emocionante que a felicidade do povo . Lembro agora de outras cenas, quando a seleção brasileira foi realizar um jogo de apresentação no Haiti. Lembram? Aquela mesma emoção, aqueles mesmos olhares, aquela mesma felicidade estava estampada nos pobres e sofridos haitianos ao ovacionar a seleção brasileira dirigindo-se do aeroporto ao Estádio onde foi realizado o jogo. Pois o Brasil dessa quarta-feira dormiu mais feliz e acordou mais alegre. Um consolo para milhões de pessoas que vivem angustiadas, narginalizadas nas grandes cidades, lutando de todas as formas pela sobrevivências diária. São pessoas simples, bondosas, puras. Sim, porque essa é a verdadeira face do povo brasileiro. O sorriso, a simplicidade, a pureza de sentimentos. Uma pena que tantos fatos contribuam diariamente para que esta face se feche, fique triste e indiferente. A indiferença surda mas condenatória à quase tudo que está aí, menos ao futebol... Esse sim, motivo de momentos de felicidade para nós todos brasileiros comuns e que nada mais queremos que isso: ser brasileiros!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

NO UNIVERSO DOS BLOGS

Minha "campanha" visando incentivar a criação de novos blogs em Rio Pardo, começa a dar seus frutos. Esta semana a professora Cinara Peres (foto) lanço seu blog na internet com o título de "Brincando na Escola", onde relata suas experiências no campo de educação, bem como trabalhos e atividades que são desenvolvidos por seus alunos. Para quem quiser passar por lá, vai o endereço: http://brincandonaescola.blogspot.com/.