domingo, 7 de outubro de 2007

QUESTÃO DE JUSTIÇA

Meus poucos leitores sabem: tenho procurado não abordar assuntos de política. O tema me incomoda e faz com que sempre acabe assumindo uma postura crítica. Isso pode e deve gerar aquele comentário no leitor: "- bah, já vem o Rogério falando mal dos políticos!". .. embora se saiba que eles quase nunca fazem por merecer ao contrário, especialmente aqueles que atuam em Brasília, são caras-de-pau, esbofeteiam a gente diariamente com suas atitudes e nos deixam com o sentimento de que somos bobos. Até mesmo os políticos locais já foram alvos de minhas críticas e desesperança, isso reforçado pela passagem que tive pela vida pública quando cheguei a ocupar por alguns meses, uma cadeira na Câmara Municipal e, sempre ouso confessar, não me senti confortável, de tal forma que não tentei disputar novamente uma vaga nessa função política. Isso que gosto de política, admiro uma peça oratória bem feita, um argumento defendido com argumentos bem fundamentados. Esta semana mesmo, assisti na Tv Justiça o ex-senador Paulo Brossard pronunciando-se em sessão do Supremo Tribunal Federal sobre a chamada "fidelidade partidária" e renovei minha admiração pelas palavras bem colocadas, as frases postas de improviso, mas na hora certa e com o poder de convencimento que o "velho" Brossard tão bem sempre soube expressar ao falar em público. Mas, fora estes aspectos, a política para mim está transformando-se na maior vergonha nacional. Porém, por uma questão de justiça, eu que tanto critiquei esta classe, hoje quero fazer referência aos políticos locais e entre estes, em especial, os vereadores riopardenses. Pois eles foram notícia na imprensa da capital na semana passada por ter sido nossa Câmara Municipal a que mais economia realizou, entre todos os legislativos gaúchos, conforme levantamento do Ministério Público de Contas (MPC), órgão ligado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Rio Pardo ficou no topo da lista que destacou as quatro cidades que mais economizaram no Estado, considerando ainda que foi o que mais perdeu vereadores a partir da decisão do TSE em 2004, de 19 para 9. Os outros três municípios, que tinham 21 e passaram para 10 vereadores, e também conseguiram diminuir as despesas foram: São Borja (17,39%), Alegrete (13,12%) e Santo Ângelo(0,30%). Esta informação é bastante expressiva na medida que se pode recordar os problemas que a Câmara local enfrentou com gastos e diárias, inclusive gerando notícias nacionais. Provando que buscam aperfeiçoar sua atuação, nossos vereadors desenvolveram um expressivo processo de economia, de limitação de gastos eo que se vê agora é resultado deste trabalho. Esperamos que essa austeridade ao gerir a coisa pública continue sendo a tônica na Cãmara Municipal de Rio Pardo. Essa conduta nos deixa certos de que nossos vereadores estão dando exemplo para todas as demais Câmaras gaúchas.

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