segunda-feira, 1 de outubro de 2007

ENCHENTES

Rio Pardo já foi uma cidade mais afetada pelas enchentes de seus dois rios, Jacuí e Pardo. Isso antes da construção da avenida Perimetral, que é uma barreira natural e protetora em relação às elevações do nível de nossos rios. Antes disso, um grande número de famílias era afetado e transformavam-se em flageladas a cada vez que as chuvas eram intensas. Isso criava uma espécie de "comércio das cheias". Existiam famílias inteiras que esperavam pela chegada das enchentes para terem suas casas atingidas e assim, serem beneficiadas com a ajuda natural que sempre recebiam nestas ocasiões. Com a construção da Perimetral, uma obra importante e vital para a cidade, esta situação mudou. Existiam muitas casas na rua que ficava em parte da avenida e que sempre era alagada nas cheias. Esses moradores foram removidos para outras regiões da cidade e automaticamente foi sendo resolvido um grave problema social. Aliás, lembro bem de um candidato a Prefeito que em debate no Salão Paroquial lançou essa idéia e foi ridicularizado. Na época se falava que era um sonho, uma loucura de um "visionário". Não revelo seu nome por questão de ética. Mas sempre que lembro desse candidato que não chegou a ser prefeito, recordo que ele estava com razão ao defender a construção de uma avenida circular na cidade. Algum tempo depois, a obra foi concretizada. E hoje, vemos na imprensa a informação estampada nos jornais e nas tvs mostrando cidades que foram terrivelmente invadidas pelas águas dos rios que lhes margeiam. São milhares de pessoas que foram atingidas, tendo suas casas alagadas, sofrendo perdas de móveis, eletro-doméstricos, etc. Aqui em Rio Pardo estes problemas praticamente não existem. Outro tema, mas relacionado, é que quando se fala de cheias em Rio Pardo, se lembra da famosa enchente de 1941, que aconteceu no mês de maio daquele ano. Como eu, muitos riopardenses foram criados ouvindo relatos sobre esta que foi a maior de todas, no Estado. Desde gurizote me acostumei a ouvir histórias fantasiosas do que esta enchente teria ocasionado em Rio Pardo. As marcas nos locais mais altos e distantes onde a água atingiu ainda existiam hà poucos anos atrás em alguns prédios situados nas imediações da Praia dos Ingazeiros. Mas também existem alguns registros fotográficos, Um deles me foi remetido no ano pássado pelo riopardense Flávio Fontoura. Ele é funcionário do Banco Central, residindo em Brasília e me mandou reportagem, do "Jornal do Brasil", do Rio de Janeiro, com uma grande foto da enchente em Rio Pardo. Também é conhecida uma foto que mostra a antiga a estação ferroviária da época tomada pelas águas. Esta estação ficava num grande prédio quase em frente à atual estação. Com a enchente ele foi sendo desativado e construido este que atualmente permanece fechado. RIOPARDENSE REALIZA CRÍTICAS Recebi email do riopardense Carlos Alberto da Silva Souto, onde o mesmo apresenta alguma críticas sobre nossa cidade leiam a seguir: "Já fiz críticas à Secretária de Turismo de Rio Pardo e agora novamente faço a este conceituado jornal. Sou riopardense, amo minha terra natal onde possuo amigos, mas é complicado se hospedar em Rio Pardo. Passei o Natal de 2006 aí na minha terra e no dia 25 de dezembro foi um terror achar um restaurante funcionando. Mesmo assim, continuo amando minha terra, pois em breve estarei retornando para aí me fixar profissionalmente. Um fraterno abraço." Este problema de infra-estrutura turística em Rio Pardo já virou um tema comum. Sempre que se fala em turismo, comenta-se o que o leitor Carlos Alberto agora está fazendo. Quero sugerir aos empresários do setor e autoridades, que nestas datas, seja realizado uma espécie de rodízio entre os restaurantes locais para que isso não ocorra. De qualquer forma, a crítica procede e merece ser registrada, assim como, ser devidamente observada pelo setor de turismo local. (Artigo publicado no Jornal de Rio Pardo, caderno "Livre Expressão", edição de 28 e 29/09/2007)

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