segunda-feira, 24 de setembro de 2007

HACKERS: ELES EXISTEM

Estou escrevendo do hospital. Calma. não estou hospitalizado e nem com algum familiar, parente ou amigo nessa desagradável situação. É o meu computador. Sim, o meu computador está terrivelmente avariado pela atuação de um ou mais de um hacker! Estou levando-o para um "hospital de computador" onde a infecção provocada por invasores ocultos será devidamente combatida e extinta. Já fazem três dias que eles invadiram nosso servidor e cuasaram vários danos. Danificaram o site do Jornal de Rio Pardo, que por este motivo foi retirado do ar e agora atingiram meu próprio computador. A propósito, aviso aos leitores do site do JRP que ele deve voltar logo ao ar, talvez ainda amanhã, terça-feira. Consegui realizar esta postagem para dar este depoimento exclusivo: os hackers existem sim! Não são lendas criadas pelo homem moderno, nem tampouco produtos de ficção barata... Quero poder voltar ainda hoje para lhes postar algumas novidades, ainda mais que a chuva parou, e sobrevivi! Uma dupla vitória, pois nem os hackers e nem mesmo a chuva inclemente conseguiram nos derrubar...

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

DE CACHORRO, GATOS E... PAPAGAIO!

Como a grande maioria das pessoas que conheço tem sido assim. Comigo também. No meu caso, tudo começou com meu pai. Ele me deu valores, me definiu desde cedo formas de conduta. Nunca me proibiu de agir, mas sempre me mostrou claramente o que era errado. Com meu gênio "esquentado" seguidamente me envolvia em escaramuças e dele sempre vinha a reprimenda.O mais forte ensinamento recebido foi em relação à honra, à honestidade. Para ele e por consequência, para mim também, é a maior riqueza que um ser homano pode carregar, acompanhada, é claro, do conhecimento. E hoje? Bem, hoje percebo que essa história de honra, honestidade, não é bem assim. Têm-se a impressão que as pessoas estão esquecendo este fundamento básico do ser humano. Principalmente aqueles que estão galgando cargos, posições de mando e poder. Pelo jeito, para a maioria, quando se chega nesta fase, é hora de "fazer o pé de meia", mesmo que seja adotando expedientes ilegais e desonestos. E parece que isto está normal, tranformando-se numa banalização da desonestidade. Como tenho feito aqui, de uns tempos para cá, em meus textos estou procurando abolir temas como política, acontecimentos polêmicos, fatos que incomodam e preocupam as pessoas no dia-a-dia. Tenho buscado temas mais agradáveis e creio estar obtendo aceitação dos leitores. Mas hoje, sou obrigado a confessar, mais uma vez, que estou desencantado. Não vejo como pode ser diferente. Primeiro pelo que mais uma vez, os políticos sediados em Brasília, fizeram na semana passada, absolvendo o senador Renan Calheiros. Segundo pela liberação do bandido "Papagaio" para o regime semi-aberto. Essa me incomodou mais, me deixou com a sensação de que as leis que regulam estes temas estão fora da realidade. O assaltante de bancos esteve neste regime hà pouco tempo, fugiu, esteve foragido mais de 70 dias e foi capturado. Pois agora, ela já está de novo na condição de poder sair às ruas... E o que é mais intrigante: existem mais de 600 outros presos que estão aguardando este benefício antes do perigoso meliante! Confesso que não entendi. Gostaria mesmo que alguém me esclarecesse: como se pode soltar, menos de um ano depois, um assaltante de bancos que fugiu durante seu regime semi-aberto e com tantos crimes acumulados em sua vida pregressa? Diante de um fato desses a gente vai sentindo aumentar dois sentimentos que grassam hoje em dia: impunidade e insegurança. E é bom esclarecer: não estou criticando a justiça, as forças policiais e de segurança. Pelo contrário respeito-os e valorizo a função que desempenham. Todos cumprem as leis e essas, contam com mecanismos que permitiram às advogadas de Papagaio obterem este benefício através de habeas-corpus. Mas cá prá nós. hem gente: êta leizinha porca, essa! Colocar na rua assaltante de bancos que fugiu recentemente... Isso talvez venha a ser motivo de chacota no exterior, onde outros povos não entendem certas coisas que acontecem no Brasil. Esta é apenas uma "palha"... Deixo o tema para que vocês em suas casas, pensem, raciocinem e tirem suas conclusões. Para mim, está bem claro: essas leis, podem até terem sido elaboradas (e foram) por juristas renomados, mas na última e definitiva instância, foram aprovadas pelos... políticos de Brasília! E aí voltamos à eles, sempre eles... Enquanto isso, aqui em minha casa, vou me preparando para meu chimarrão matinal. Já passou das onze da manhã e definitivamente não quero me estressar com assaltantes andando soltos por aí, políticos corruptos sendo inocentados... Neste momento sou dono do mundo, sento na minha poltrona, com calma, tranquilidade. Sorvo meu "amargo " tendo ao meu lado a Brigitte, que "conversa" comigo sem poder dizer uma palavra sequer. Ela sim, atingiu a plenitude de espírito: não esquenta a cabeça com nada... Apenas emite alguns latidos para as crianças que às vezes passam correndo e gritando pela General Osório ou com os dois gatos que vivem livres nos muros das redondezas e audaciosamente chegam na porta da cozinha querendo ganhar um resto de comida... Enquanto isso, eu não sei latir, mas bem que gostaria de ter essa plenitude de espírito. Talvez seja esta uma das causas para que outras pessoas à cada dia mais descrentes, mais desencantadas, prefiram encastelar-se em suas casas, nas suas poltronas, com o poder do controle remoto á disposição! No meu blog "Transparências", aderindo às novas formas de comunicação, estou complementando este texto... Vocês poderão ver (se isso lhes interessar, é claro...) a felicidade do meu último reduto, minha poltrona, meu chimarrão, a sábia Brigitte, e os gatos - esses sim, livres e soltos! - que estão se tornando amistosos, chegando aos poucos, perdendo o medo da aproximação, deixando de serem ariscos e se aquerenciando por aqui... (Texto publicado no "Jornal de Rio Pardo", Caderno Livre Expressão, edição de 21 e 22/09/2007).
Nas fotos: acima, a esquerda, em primeiro plano, a "Akito" e atrás o "Amarelejo", gatos livres e soltos; abaixo, a esquerda, eu com todo o poder do controle remoto e ao meu lado o chimarrão; e finalmente abaixo, a direita, meu cunhado Sérgio Faleiro com a Brigite, minha sábia Poodle.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

TELEFONEMA DE RIOPARDENSE DESDE... LIVERPOOL, INGLATERRA

Eram poucos minutos antes das 8 horas da noite desta quarta-feira. Estava no computador e o telefone tocou. Minha filha Luiza atende e me diz que é " um amigo teu". Atendo e não demoro muito para identificar: do outro lado, está o querido e estimado amigo de infância e da vida inteira, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas (conhecido por alguns aqui em Rio Pardo por "Bebeto"). Filho do seu Assis Freitas, que por muitos anos foi proprietário de um armazém que existia na rua Júlio de Castilhos, próximo à Igreja Matriz, em frente ao Círculo Operário Rio Pardense e que também atuou durante anos na Corsan de Rio Pardo. Carlos Alberto é médico-veterinário dos mais renomados do país no setor de suinocultura. É diretor-superintendente da Cosuel - Cooperativa dos Suinocultores de Encantado, onde vem realizando um grande trabalho. Embora ele esteja longe de Rio Pardo hà muitos anos, sempre nos mantivemos em contato. É casado com a Terezinha, estimada amiga, que por sua vez é irmã de outro amigo especial, o Valdomiro Schramm, piloto de avião, proprietário de uma próspera empresa de aviação agrícola em Pantano Grande. Eles tem dois filhos: Juliano (hoje residente em Los Angeles - EUA, e que em julho casou com uma jovem portuguesa em festa realizada na cidade do Porto, Portugal) e a Carla, ondontóloga, residente em Porto Alegre. O casamento do JUliano aconteceu e eu estive preparado para viajar a Portugal e participar, mas fui impedido por recomendação médica... Pois o Carlos Alberto me liga nesta noite de quarta-feira. Minha surpresa foi maior quando ela me informa que está em Liverpool, no interior da Inglaterra, em um encontro internacional de suinocultura. Disse que lembrou-se de mim e do Daniel, meu irmão, porque amanhã à noite conhecerá a célebre "The Cavern Club", onde os The Beatles começaram! Lembrou-se dos nossos tempos, quando curtíamos o grupo inglês, que tanto influenciou a mudança de costumes que aconteceu em nossa época no mundo inteiro, na esteira do sucesso dos cabeludos de Liverpool. Meu amigo informa que a temperatura na cidade britânica está em torno de 10 graus, numa noite que promete esfriar mais ainda lá na Inglaterra. Conta que Liverpool possui 1,5 milhões de habitantes e que a Grande Liverpool tem em torno de 3 milhões. Uma cidade altamente industrializada e desenvolvida. Terminamos a conversa combinando um encontro, após seu retorno ao Brasil, em Lajeado (onde ele a a Terezinha residem) ou aqui em Rio Pardo, para falarmos dessa e de outras viagens que ele tem feito pelo mundo inteiro. Poderia falar muito aqui desse especial amigo. Mas prefiro guardar munição para outras postagens. Nos criamos juntos ali nos arredores da Igreja Matriz. Nossa juventude também foi compartilhada e até os primeiros anos da vida de casados também estivemos muito próximos. Depois, o Bebeto foi para Santa Catarina, andou por outras paragens e fixou-se profissionalmente em Encantado, na Cosuel. Tenho muita coisa para contar dele. E vou fazê-lo aos poucos, revelando as facetas desse riopardense que me orgulha não só por ser meu amigo pessoal de toda a vida, mas certamente hoje ser um orgulho para a comunidade rioparnse pelo seu êxito profissional e sua renomada competência.Para quem não está lembrando, informo ainda que o Carlos Alberto é irmão da professora Elsa que atua há muitos anos na Escola Ernesto Alves, aqui em Rio Pardo. E eu encerro, comentando com vocês leitores do Blog: viram só como são os riopardenses? Notem que, mesmo estando em qualquer ponto do mundo eles não esquecem esta terra? E meus amigos, então: são depositários de tantas histórias boas, tantos sentimentos fraternos e cordiais! Como não iria enaltecê-los aqui? Um abraço, Carlos Alberto, tome um caneco da mais pura cerveja inglesa no The Cavern, em homenagem à John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr! Na foto abaixo, em junho de 2007, na comemoração dos 60 anos da Cooperativa dos Suinocultores de Encantado, realizada no seu Parque Industrial, localizado no Centro de Encantado (RS), confraternizaram-se autoridades, amigos e executivos da Cosuel. É o que se observa na foto, onde aparecem o Deputado Estadual Luiz Carlos Heinze; o Superintendente da cooperativa, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas; o Vice-Presidente da cooperativa, Pasqual Bertoldi; o Presidente da Cooperativa, Gilberto Antônio Piccinini, e o Diretor Técnico da Genetiporc do Brasil, Werner Meincke. Carlos Aberto é o segundo, da esquerda para a direita.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

MESMO SE ESTANDO EM RIO PARDO, NEM TUDO SÃO FLORES

Preciso postar, estou ausente aqui no blog e os internautas podem parar de acessá-lo por não ter novos assuntos colocados...Compareci aqui na segunda-feira, no meio da tarde e depois a inspiração ficou prejudicada. Adotei uma regra básica e principal: postar apenas asuntos e aspectos positivos de Rio Pardo. Falar de temas polêmicos e desagradáveis, somente em casos relacionados com a ingrata e difícil missão de "fazer jornal" no interior do Rio Grande do Sul. Mas a verdade é que, como já me aconteceu tantas vezes, estou em crise de desencantamento... E quando se está sssim, fica mais difícil escrever, pelo menos no meu caso e principalmente porque aqui não quero falar de política e nem dessa "turma" que anda produzindo escândalos em Brasília, desviando verbas, recebendo propinas, distribuindo os chamados "mensalões" e outras tetras mais... Mas o fato é a absolvição ridícula, vergonhosa e ajeitada do senador Renan Calheiros, que me incomodou muito. E agora, nesta terça-feira, voltei a incomodar-me novamente com a liberação, em regime de prisão semi-aberto, do assaltante de bancos "Papagaio". Os dois fatos me deixam pensando, refletindo... Nós cidadãos, trabalhamos, pagamos impostos, temos dificuldades financeiras, pagamos fortunas por bens materiais, por planos de saúde (uma minoria, nesse caso) e tudo mais. Enquanto isso o que se vê são políticos sendo absolvidos descaradamente e criminosos sendo liberados para sair às ruas, mesmo já tendo fugado deste mesmo regime hà pouco tempo! E o píor, no caso do assaltante de bancos, passando a frente de mais de 600 presos que aguardam por este benefício legal... Sei que existem leis, sei que a justiça as cumpre. Mas, por favor, êta lei nefasta! Como prefito falar de assuntos agradáveis e para que esta postagem não fique apenas nisso, vamos mudar de assunto. E para você que não conhece Rio Pardo, que está acessando este blog em qualquer ponto do Brasil e que certamente já provou um doce que hoje está espalhado por todo o país, o "SONHO" (toto à direita), saiba que ele é originário de Rio Pardo. Foi no restaurante que funcionava na antiga estação ferroviária local no início do século XX que começaram a ser vendidos os Sonhos, que aos poucos foram espalhando-se e hoje ganharam todo o Brasil. Para marcar a importância desta delícia de orgiem portuguesa para uns e alemã para outros, existe aqui o "Festival Sonhos de Inverno"(foto à esquerda, abaixo) que é realizado anualmente, constituindo-se numa excelente atração turística de Rio Pardo que a cada ano está crescendo. Numa outra ocasião, vamos falar mais desse assunto, inclusive sobre o Festival e a história do surgimento do doce. Amanhã, terça-feira, estaremos de volta...

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

"A DISTÂNCIA SEMPRE ME MACHUCOU"

Foi assim que o riopardense Luciano Rodrigues sintetizou em sua mensagem remetida à este blog, a dor que qualquer pessoa, estando distante de sua terra-natal sente no coração. É uma dor que pode matar, causar profunda tristeza, gerar amargura que progressivamente vai transformando-se em angústia... Riopardense, saido daqui para trabalhar no Banco do Brasil e tendo percorrido boa parte do país, o Luciano postou uma mensagem, que agora pretendo comentar. Essa sensação de estar distante não é privilégio dos riopardenses, nativos de outras terras também carregam este sentimento. Portém, parece que nós somos extremamente arraigados em nosso sentimento de amor e afeição à cidade histórica e, em muitas situações, isso nos diferencia de outros casos... Pode ser uma pretensão, um exagero, mas realmente nós riopardenses amamos este chão, encontro de dois rios, formado na reistência invicta às tentativas de invasão castelhana... Um dos mais conhecidos poemas pátrios, "Canção do Exílio", obra do primeiro poeta autenticamente brasileiro, o maranhense Gonçalves Dias, escrito numa das ocasiões em que ele estava em terras de além mar, já sintetiza claramente esta sensação de estar distante, que tanto machuca, citada pelo Luciano na sua mensagem. Ao escrever: "NÃO PERMITA DEUS QUE EU MORRA, / SEM QUE EU VOLTE PARA LÁ; / SEM QUE DESFRUTE OS PRIMORES / QUE EU NÃO ENCONTRO POR CÁ" o poeta maranhense produziu uma obra eterna, que ainda hoje pode ser aplicada, especialmente em relação aos que estão distantes. E milhares de pessoas já experimentaram essa sensação de perda causada pelo afastamento da terra amada. Napoleão Bonaparte (reprodução de pintura, ao lado) deixou-se consumir pela doença e tristeza, exilado na Ilha de Elba. Igual dor sentiu Aldfred Dreyfus (foto) condenado injustamente a viver longe da França na "Ilha do Diabo" nos confins do mundo, na GuianaFrancesa. Nesses dois casos, tratavam-se de pessoas que foram obrigadas a deixar sua pátria por imposição governamental. Mas no caso dos "auto-exilados" que por motivos profissionais saem mundo afora, o sofrimento é ainda maior... Publico esta exposição porque entendo perfeitamente a dor de estar longe. Já estive longe, embora por poucos tempo, e senti na carne esta sensação. Ser "desgarrado" não é nada fácil e exige muita força pessoal para suportar.

sábado, 15 de setembro de 2007

RIO PARDO EM TEMPO DE CARRETEIRO

NAS FOTOS - o pessoal prepando o "maior carreteiro da região" no ano passado; e o pátio do Colégio Auxiliadora, onde aconteceu a mateada neste sábado
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Rio Pardo não é diferente da maioria das demais cidades gaúchas, que nesta época do ano ingressam no período de comemorações da "Semana Farroupilha", que é quando nós gaúchos reverenciamos a memória da Revolução Farroupilha, a chamada "Guerra dos Farrapos" que durou dez anos (de 1835 a 1845) e que nos enche de orgulho. Escrevo isso porque certamente internautas de outras regiões do país podem estar lendo esta postagem, talvez não saibam. Mas os gaúchos sabem bem e se orgulham muito disso.. E voltando, ao início, Rio Pardo também esta vivendo este clima. E além do churrasco que é o maior, melhor e mais consagrado prato da culinária gaúcha. aqui se saboreia muito o "carreteiro", outro prato tradicional, muito popular e que se destaca por ser bem mais barato que o churrasco. Neste sábado, ao meio-dia, eu e a Ana fomos até o Colégio Auxiliadora (onde meus filhos estudam) e saboreamos um delicioso carreteiro, bem ao jeito gaúcho e riopardense. Nesta manhã aconteceu no pátio do Colégio uma mateada, com apresentações artísticas e tudo mais. Uma manhã de sábado realmente agradável.
E continuando com os roteiros de carreteiros. Sei que agora à noite está acontecendo no CTG Rodeio da Saudade um carreteiro de charque, também já dentro das comemorações da Semana Farroupilha.
E amanhã, domingo, ao meio-dia, acontece novamente o "maior carreteiro da região", com panela gigante e tudo mais. Isso falando apenas desses três, porque estão e estarão sendo realizado muitos outros no decorrer desta Semana Farroupilha. A propóstico, leiam a seguir a matéria que publicamos na edição deste final de semana do Jornal de Rio Pardo à respeito:
"O MAIOR CARRETEIRO DA REGIÃO, DIA 16/9 - Consolidando-se como um tradicional evento dentro da programação da Semana Farroupilha, "o maior carreteiro da região" estará sendo preparado no dia 16 de setembro, domingo, a partir das 12hs. Quem desejar saboreá-lo deverá levar pratos e talheres. O Arroz de Carreteiro é tão típico como o churrasco. Qualquer gaúcho que se preze conhece aprecia um carreteiro autêntico e bem feito. O carreteiro é comum com refeição para grupos maiores e comemorações em geral e para finalizar pode-se fazer um ótimo carreteiro com sobras de churrasco. A origem do arroz de carreteiro é simples como o seu preparo. Os peões que levavam as tropas de gado usavam o charque (carne salgada) em suas idas e vindas, como alimento não perecível, e junto com o arroz abundante na região sul, preparavam essa refeição tradicional. O charque foi um dos propulsores da economia gaúcha do fim do século 19, da região sul do Rio Grande. O gado vinha do interior para as charqueadas que ficavam à beira do arroio Pelotas, onde eram abatidos e salgados, para então serem transportados em navios que saiam do porto de Rio Grande, para o norte do país e Europa. Não existe "a receita" de carreteiro, pois assim como o churrasco, cada um prepara o arroz com charque de maneira própria. E todos acham que o seu carreteiro é melhor, até porque não conhecem o meu!. A simplicidade é a tônica principal, muito tempero, legumes, enfeites e outros aditivos descaracterizam esse prato básico da culinária campeira. O melhor charque é o fresco (verde) e produzido com carne de primeira, apesar de que o charque feito duma costela gorda de novilho é especial."
O local do grande carreteiro é o Parque de Exposições dr. Apelles de Quadros, na avenida dos Amaraes, no bairro Boa Vista.
PS: na foto do carreteiro do ano passado, acabei de identificar agora, de costas, mexendo o carreteiro na panela gigante, o prefeito Joni Rocha...

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

DOS AMIGOS E AMIGAS BLOGUEIROS(AS)

Recebo alguns comentários de leitores. Fico satisfeito e envaidecido. Não tenho aqui um contador de acesso, mas tenho obtido alguns indícios de que algumas pessoas estão lendo este blog. Isso me deixa com a sensação de que estou no caminho certo. ---------- ANÔNIMO - não gosto de lidar com mensagens anônimas, ao longo dos anos, no jornal, sempre ignorei estas coisas. Mas aqui nlo blog vou abrir excessão . Alguém diz: "Que maravilha! Nos dias de hoje onde só se vê tristes histórias, mortes, roubos; é muito acalentador saber que ainda existe uma cidade que dá para passear calmamente, conversar com as pessoas, observar seus prédios e tudo isto sem que aconteça assalto, atropelamentos..." Pois amigo(a): Rio Pardo ainda é assim. Uma cidade que já não é tão pequena, mas ainda conserva características realmente especiais. ---------- IVAN WINK - "Fiquei mais vermeio do que um perú ao ler tais elogios dirigidos a minha pessoa e ao meu trabalho! Agradeço de coração pelos tais, embora lembrando que se não fosse pela existência do JRP pessoas bairristas como eu não teriam a sua disposição um canal onde desaguar suas letrices, que o vício de escrever faz brotar de um cérebro irrequieto e culminar nas pontas dos dedos que batucam teclas com imenso prazer!" Muito bem Ivan! Tudo que falei na postagem "Primeiro Email" é exatamente o que penso. Aliás agora, hà pouco passei um email para o Ivan lamentando não ter sido possível o JRP pulbicar seu texto desta semana. Para evitar que isso ocorra convidei-o para assinar uma coluna semanal no jornal! ---------- PATRÍCIA PARANHOS - fala do meu texto "O disco quebrado ainda está comigo" e se disse sensibilizada com seu conteúdo. Por falar em disco (long plays) ela está passando as gravações de disco para CD e quem quiser pode contatar com ela e realizar o processo. É só ligar para o celular da Patrícia:96223881. Ela encerra dizendo: "estou certa de que vou ler ainda muito artigos lindos escritos por vc". Certo, Patrícia, se a diabetes deixar, pretendo escrever muito ainda e por um tempo bem longo... ---------- AURÉLIO BEHLING (Uberlândia, MG) - riopardense, reside na cidade mineira e diz que "Encontrei teu blog graças ao site do Jornal de Rio Pardo e desde então tenho lido diariamente terus escritos. Parabéns pelo conteúdo e continue propagando e divulgando tantas coisas boas que temos." É mais um riopardense morando distante que procura na internet informações sobre a terra. Quanto a propagar coisas boas de Rio Pardo, essa é uma regra que estabeleci aqui e que pretendo seguir sempre... ---------- LUCIANO RODRIGUES - amigo, filho do dr Luiz Augusto Rodrigues, mais um da terra que anda por este país, conta em sua mensagem: "Depois de sair de Rio Pardo para morar em Caxias, acabei me aventurando por bandas ainda mais longes. Passei por Marabá (interior do Pará), Rondonópolis (MT) e minha querida Belém, cidade das mangueiras, porteira da Amazônia, onde casei. Mas a distância sempre me machucou." Ele informa ainda que está se mudando para Maringá, no Paraná. Portanto, bem mais perto do Rio Grande do Sul. Estou preparando uma postagem para e sobre ele, bem como sobre sua família. Na próxima semana. ---------- Essas postagens me sensibilizaram. São poucas, mas pelo menos servem para mostrar que as pessoas estão acessando! Tinha receio de colocar este blog no ar e ficar escrevendo para nada... Assim sendo, quero mais: quero escrever mais, ter tempo maior disponível. Quero cadastrar e começar a mostrar aqui os riopardenses que andam espalhados por aí, em todo o Brasil e pelo mundo afora... Nestes últimos dias foi difícil postar aqui. Mas prometo-lhes que vamos ser mais assíduos. Um bom final de semana à todos. Eu volto aqui ainda neste sábado.

É BOM REPARTIR A VIDA

Minha vida é pública. Ela está repartida com meus leitores, mesmo que eles sejam poucos... Depois de tantos anos, acho que atingi exatamente aquilo que sempre quiz: criar uma cumplicidade com as pessoas corajosas que resolvem todas as semanas me acompanharem nesta pagína 3 do Caderno Livre Expressão. Sempre busquei esta relação estreita, pois procuro jogar limpo, ser sincero, sem enganações e segundas intenções. Esta sensação surpreendente de estar "repartindo a vida" com outras pessoas cresceu nos últimos dias, quando coloquei na internet o "Transparências', meu blog, onde estou escrevendo como se estivesse conversando com cada um dos que passam por lá. Lembro de um amigo que sempre me criticou por relatar fatos e sentimentos meus em minha coluna. Para ele, eu estava me "expondo demais" e isso poderia ser perigoso. Sempre lhe respondi que era extamente essa comunicação sincera que eu procurava obter, de forma que os leitores ao ler meus textos compreendessem e entendessem quem sou, porque penso desta forma e tenho estes sentimentos. Acredito que o meu amigo, no fundo, acha que eu estou "fora da casinha" ou coisa parecida... Bem, meus leitores me supreendem. Estão atentos e me fazem observações, críticas e sugestões. Quando resolvi tornar pública minha condição de portador de "diabetes", fiz com algumas dúvidas. O que os leitores querem saber se tenho ou não, determinada doença? Mas., fiel ao objetivo de repartir fatos e sentimentos, passei a comentar aqui o drama que tem sido enfrentar uma doença que te obriga a mudar completamente de hábitos e costumes, onde o principal é entender que, de repente, tudo que sempre foi bom e gostoso, passa a ser proibido ou então, reprimido... Pois agora os leitores estão começando a me falar e perguntar sobre minha diabetes. Já recebi receitas de chás, fórmulas de cura, dicas de alimentação, etc. E claro, me informam - e eu sei disso muito bem - que preciso emagrecer... Mas uma leitora, não sei se sensibilizada pela minha situação, pelos meus escritos queixosos,(acho que até demais...) com a situação em que vivo hoje, alijado de poder comer um doce, provar uma boa cerveja; ou então ao devolver ao prato daqui de casa que tinha recebido com doces, resolveu mandar um pão diet! Bem, sempre gostei de pão. Minhã história começou com a Padaria Sperb que funcionava ali no início da rua General Câmara na descida para a Praia dos Ingazeiros, onde hoje existe um pavilhão pré-moldado inacabado. Quase todas as tardes, ali pelas 4 horas, buscavamos pão para o café da tarde. Tinha o "cabritinho", tinha o "sovado d’água", o "de quilo", o "de meio quilo" e assim por diante. E claro, os doces da Sperb eram inigualáveis: quindins, papo-de-anjo e cocada... Haaa, meu Deus! Sinto aqui, agora, o sabor do papo-de-anjo...Lembro também dos pães da antiga Imequinha aquela que incendiou e que ficava no Calçadão, naquela esquina onde hoje resta o terreno ainda baldio. Isso sem falar dos pães feitos em casa. Minha avó fazia cada um capaz de alimentar e deliciar o mais exigente dos paladares. Haviam pessoas que vendiam pães de ótima qualidade. Enfim, bem diferente de hoje, com o advento das tecnologias das máquinas, das massas prontas congeladas, etcs. Até bons produtos, mas um pão caseiro, sai de baixo, é inigualável. (Deixa esclarecer: nada contra as padarias e supermercados locais, hem gente? Eu também consumo pães feitos nesses estabelecimentos!) Pois voltando ao pão que ganhei de presente da amiga atenciosa, estou saboreando-o vagarosamente. Minha primeira investida foi no café da manhã, duas, três fatias. Rebuscadas com creme de leite diet... No café da tarde mais duas fatias. E o pão mágico cada vez melhor, sem perder o sabor, sem perder a consistência. E amanhã de manhã, no café, devo terminar de saborear a delícia que esta amiga tão especial, com compaixão desse pobre sofredor diabético, resolveu me presentear! Para postar aqui no meu blog ("Transparências") me dei ao trabalho de bater uma foto minha cortando o referido pão no café da tarde! Foi uma mini-produção de cinema. Abandonei a louça Panex de uso diário e exigi a outra, Schmit, para posar e mostrar aos internautas que passam no meu blog! Outro leitor me informa que em Rio Pardo existe um grupo de diabéticos que se reune regularmente no Salão da Boa Vista. Me sentencia que devo participar do mesmo. Terei coragem? Não sei não, já criei coragem de levar o assunto às páginas do JRP, quem sabe um dia apareço por lá? Como ex-agitador do passado, faço uso de um jargão de manifestações para lembrar que "os diabéticos unidos jamais serão vencidos"!
(este texto está sendo ´publicado na edição de 14/9/2007 do Jornal de Rio Pardo).

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

RIOPARDENSE MORANDO LONGE DE RIO PARDO ME TELEFONA

Na foto: a rua da Ladeira, pavimentada no estilo da Via Appia (de Roma), foi a primeira a ser pavimentada no Estado e só quem já andou por estas pedras e experimentou de sua beleza e o encanto de seus prédios antigos, sabe que esta é uma cidade especial e atraente!
Rio Pardo é comum, semelhante à dezenas de outras cidades do mesmo porte, espalhadas pelo país. Antiga, colonizada por lusos-açorianos, mas hoje com grande contigente de descendentes de alemães e italianos, cortada por dois rios que no verão são atração da cidade. Quem conhece Rio Pardo, inicialmente, pode achar que somos exageradamente bairristas e que cultuamos um amor platônico pela cidade. Mas, se o visitante for ficando, for fazendo amizades, for ingressando no dia-a-dia, for conhecendo as particularidades que constituem a maneira de agir e pensar do riopardense; vai ser difícil de partir... Se então, estiver carente e deixar se levar pela beleza, a simpatia e o charme das riopardenses... certamente nunca mais sairá daqui e em pouco tempo, será um dos nossos! Talvez assim os leitores desconhecedores do que é ser "um riopardense" possam entender as mazelas que enfrentam e vivem os milhares de riopardenses que residem longe da terra. É que essa terra abençoada por uma história única no Rio Grande do Sul, tem um magnetismo forte de tal forma que ninguém consegue esquecê-la... É o caso do Gaspar Henes, filho do Egas Carvalho Henes, funcionário público municipal por muitos anos, hoje falecido. O Gaspar também foi funcionário municipal, atuou na política, durante anos foi presidente do Sindicato dos Servidores Municipais. Era conhecido por muitos como "Papa" e por outros como "Benito" (cantava as músicas de Benito de Paula com muita semelhança ao cantor paulista). Ele deixou Rio Pardo fazem alguns anos e hoje reside em Guaíba (cidade da região metropolitana de Porto Alegre). O Gaspar me telefonou agora poucos minutos atrás. Emocionado, afirmou que tem sentido saudades de Rio Pardo e de suas particularidades, que só quem é daqui ou morou muito tempo aqui, sabe quais são. Informou que tem lido meus textos no Jornal de Rio Pardo e gosta especialmente quando abordo temas "saudosistas", que o deixam emocionado. Recebe o jornal todas as semanas e sempre aguarda com ansiedade a chegada do exemplar para inteirar-se das notícias e... do meu artigo. Ele foi um amigo que trabalhou comigo na primeira fase do Jornal de Rio Pardo nos primeiros anos de sua fundação, lá pelos idos da década de 70. Foi companheiro de festas, de noitadas de boemia, de cantorias, de carnaval (Rio Pardo é uma cidade onde o carnaval sempre foi muito animado) e também de andanças políticas. Nesta conversa por telefone, lhe disse que ia escrever sobre ele. Mas este texto é pouco: o Gaspar tem muitas histórias, muitos episódios merecedores de serem relatados e aos poucos, pretendo torná-los do conhecimento dos amigos blogueiros, o que será muito gratificante para os riopardenses que o conheceram e com ele conviveram em Rio Pardo!

MOMENTO EMOCIONANTE

Meus amigos blogueiros, já estou na segunda-feira e continua a sucessão de dias de beleza ímpar. Apesar do prometido no final da minha última postagem, não consegui retornar e lhes falar um pouco do final de semana, e nem será ainda neste momento que vou lhes contar sobre o tango que ecoa em minha mente... Agora quero lhes relatar da experiência vivida hà pouco, no interior do município. Estive testemunhando (tendo a companhia da minha esposa Ana e da competente jornalista Lucimara, da equipe do Jornal de Rio Pardo) a segunda etapa do projeto de interiorização do governo municipal de Rio Pardo, cuja abertura aconteceu na manhã desta segunda-feira, na localidade do Passo da Areia. Tudo bem organizado, a comunidade comparecendo em peso, o Salão São Pedro tomado, discursos, apresentação de de documentários num telão, etc. Mas o que me marcou e me deixou emocionado foi quando tocaram o Hino de Rio Pardo. O grande número de estudantes presentes (e eram muitos) cantaram em uma só voz nosso Hino, com segurança, entonação perfeita e me deixaram impressionados. Percebi que eles sabem realmente a letra do hino e que não foi ensaio de véspera! Cantar um Hino, para muita gente, é coisa do passado, mas para mim (e também para um outro tanto de pessoas que pensam igual) é afirmação de amor, de orgulho e a renovação de um compromisso - nesse caso, de amor, orgulho com Rio Pardo. Para os internautas que estão lendo meu blog e que se encontram distantes de Rio Pardo, saibam que por aqui ainda se cultua - e muito - o amor por essa terra. E para os que aqui vivem, fica o exemplo dado pelas crianças e jovens do Passo da Areia. A propósito: estou digitando este texto e me ocorre que poderia colocar aqui a gravação do Hino de Rio Pardo e possibilitar para que os riopardenses, espalhados pelo Brasil e pelo mundo, possam ouvi-lo e reproduzi-lo em seus próprios computadores! Prometo que, em breve, contando com a ajuda do pessoal da Projetus Informática (comercial gratuíto) e do web-designer Danilo Meneghel, haverei de colocar nosso Hino aqui neste blog...

sábado, 8 de setembro de 2007

RELATOS DE UM ENTREGADOR DE JORNAL

Pois, é prezados blogeiros: setembro tem sido revigorante (como quase sempre é...) e esta manhã surge carregada de uma beleza ímpar. Levanto cedo, antes da 7 horas e noto que vamos ter um dia esplendoroso. Dedico alguns minutos para ler as manchetes dos jornais que já estão embaixo de minha porta e, novamente, as notícias não são boas. Tivemos um feriado trágico, com mortes no trânsito e como característica principal, todos os envolvidos nos acidentes trágicos eram ainda jovens. As matérias nos jornais mostram fotos, mas desisto de tentar vê-las com mais precisão, através de minha lente especial para esses casos, pois quero começar meu sábado bem e ler sobre vidas jovens ceifadas tragicamente, não é uma uma boa maneira de iniciar um sábado radiante como este está prometendo ser. Da mesma forma que sou diretor de um jornal, sou também entregador, cobrador, vendedor, diagramador, faxineiro, encadernador, repórter e redator.Vejam só... Nossa edição semanal, que deveria ter saido ontem, só está indo às ruas na manhã deste sábado. Motivo: problemas em nosso parque gráfico, ou melhor, um compressor da máquina impressora off-set que resolveu "estourar" na madrugada de quinta para sexta-feira e nos deixou na mão... Mas me reconforto ao lembrar do que aconteceu na semana passada. Quando escutava o programa da faixa das 7 horas da Rádio Gaúcha, os apresentadores avisaram aos ouvintes que a edição daquele dia de Zero Hora sairia atrasado devido a problemas técnicos na rotativa. Ora, se a ultra-moderna rotativa da ZH, do maior grupo de comunicação do sul do país, deixou a RBS na mão, o que dizer da nossa Solna, que nunca havia nos deixado nesta situação? E para fazer o jornal chegar àos lares dos riopardenses percorremos um longo caminho, mas isso, quem sabe, relatarei outra hora para vocês. E então, nesta manhã de sábado, como tenho de assumir múltiplas facetas no jornal, saio às ruas às 7 e pouco da manhã e vou entregar o jornal - tendo a companhia sempre revigorante e estimulante da Ana... É uma atividade que gosto muito, pois percorro vários bairros da cidade, levando os exemplares aos postos de venda. Gosto tanto que, mesmo que fosse possível colocar alguém para realizar essa tarefa, continuaria fazendo. Percorro o centro, dou uma volta ao redor da cidade, passo pela nova Rodoviária (região onde uma nova Rio Pardo está nascendo com a instalação de vários empreendimentos industriais que estão transformando Rio Pardo num pólo do setor alimentício), subo a Boa Vista, passo em Ramiz Galvão, ingresso no asfalto pela 471, vou a Rincão Del Rey e volto à cidade. Um passeio que me renova, me faz sentir que estou vivo. Vejo a cidade, seus bairros e o interior com a região rica e produtiva de Rincão Del Rey. Esse tour faço sempre às sextas, mas com o problema de impressão ocorrido, estou conseguindo realizá-lo apenas nesta manhã de sábado. Como bom entregador de jornais que sou, procuro ser rápido e ainda antes das 09:30h estou de volta à minha gloriosa rua General Osório. A cerração se foi, um sol esplendoroso - sem ser muito quente - já ilumina a cidade e vou tomar meu café. Afinal de contas, já levei o jornal aos postos de vendas, possibilitando que milhares de riopardenses possam realizar sua leitura costumeira de fim de semana, atualizando-se com o que está ocorrendo. Mereço agora sentar-me, saborear meu pão quentinho, meu café com leite e outras coisitas mais. Depois volto para falar-lhes do que se passa neste dia e ainda pretendo, se a inspiração fluir e se o meu tempo permitir, contar-lhe porque desde ontem à noite ressoam em minha cabeça os acordes de um tango, o mais bonito e emocionante tango que já foi composto - pelo menos na minha opinião!

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

O DISCO QUEBRADO AINDA ESTÁ COMIGO

Me criei com ouvidos voltados para o rádio. Era meu canal de ligação com o mundo, uma espécie de "internet da época", pois varava madrugadas escutando emissoras de ondas curtas e imaginando como seriam os lugares de onde vinham os sons: Londres, Paris, São Paulo, Buenos Aires, Moscou, Tóquio, Montevideu, Rio de Janeiro, Montreal, Pequim, etc. Eu viajava e começava a fomentar o espírito aventureiro que me acompanharia pela vida inteira. No AM, escutei - entre outras - a Nacional, a Roquete Pinto e a Tupi (todas do Rio); a Record, a Bandeirantes, a Panamericana e Eldorado (de São Paulo); a El Mundo de Buenos Aires e a El Espectador de Montevideu. Ouvi a Farroupilha quando ela transmitia onde hoje está a Rádio Gaúcha, e esta quando ficava ao lado da Guaíba (que era minha preferida) onde hoje está a Farroupilha. Escutei a primeira transmissão da Copa do Mundo, em 1958. Ouvi os discursos de Brizola aos domingos à noite na Farroupilha e toda a campanha da Legalidade que ele comandou pela Guaíba. E também o Flávio Alcaraz Gomes contando a guerra do Vietnã e os lançamentos de foguetes (se dizia assim naquela época) de Cabo Canaveral, na Flórida. E também gostava de escutar o Teixeirinha e a Mary Terezinha na Farroupilha e depois na Gaúcha ao entardecer e no início da manhã (esses mais recen tes). Grande parte dos meus gostos musicais tiveram influência da Guaíba, da El Mundo e da Rádio JB (do Rio de Janeiro, hoje não existe mais, é só em FM). O rádio, é fácil perceber, foi muito influente na minha formação. E claro, nesta história tem a Rádio Rio Pardo. No início de década 60 comecei a me aproximar dela. Tímido, receoso de revelar minha verdadeira intenção que era de um dia ser um locutor famoso, tipo Heron Domingues, Pedro Luiz, Lauro Hagemann, Valdir Amaral, Fiori Giglioti e tantos outros. Acomopanhei programas de auditório, fui fazendo amizade com os locutores e logo estava junto ao estúdio assistindo as transmissões e até ajudando em alguma tarefa. A Rádio estava instalada no Edifício Lima Silveira, na Andrade Neves. Dessa época lembro do Fiapo, Mazotti, Abel Borba, Almir Ribeiro, Osmar Gomes Pereira, Fernando Stähler (por um tempo chegamos a planejar fundar uma outra rádio...) e o Adão Maciel - deixei por último. Claro que exitem outros, e também muitas histórias para um dia serem contadas, mas quero relatar um fato com o Adão Maciel. Sério, triste, angustiado, o Adão era uma figura especial. Conheci-o já homem maduro, envolvido pela bebida e diziam, pelas desilusões de quando era jovem . Era um bom locutor, de voz grave, pausada e com uma forma marcante de destacar a pontuação e vírgulas nos textos que lia. Num domingo eu estava na Rádio acompanhando o Adão na locução de um programa musical. O Fiapo estava por lá e preparava textos para uma transmissão esportiva que faria à tarde. O Adão adorava músicas mexicanas e paraguaias. Havia selecionado uma ou duas guarânias para aquela transmissão e, depois de ter reproduzido as faixas do disco, foi guardá-lo numa patreleira ao lado da mesa de som. Mas acabou batendo com o cotovelo no disco que quebrou parcialmente . O Fiapo pegou e foi jogá-lo fora, num lixo feito de madeira, que por muitos anos esteve ao lado da mesa de som. Eu não tive dúvidas e pedi que, como iria para o lixo, me dessem de presente. O Adão ainda me advertiu: "as faixas já estão com chiado"... Fui para casa exultante. Era um troféu. Foi um dos primeiros discos de uma grande discoteca que por muitos anos fui aumentando e acrescentando, até chegar a época dos CDs. Mas ainda ouço hoje o "Gurânias Eternas" com "Dionisio, sua Harpa e seu Conjunto Paraguaio" (foto abaixo, eu com o disco). As duas primeiras faixas, da cada lado, estão inutilizadas pelo acidente. Ainda dá para ouvir canções magníficas. O Adão e o Fiapo já partiram para a outra vida, já fazem muitos anos. O disco ainda está aí ... e eu não consegui ser locutor. Outro dia, relatarei a segunda parte dessa história minha com o rádio, que teve prosseguimento até fora de Rio Pardo mas não se concretizou. E... eu terminei sendo jornalista.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

EU PRECISO DA PACIÊNCIA DE VOCÊS...

Há algumas semanas publiquei no Jornal de Rio Pardo em minha coluna na página 3 do "Caderno Livre Expressão" (e que também pode ser acessada por aqueles que estão distantes e não conseguem ler o jornal em sua edição original, através do site no endereço http://www.jornalderiopardo.com.br/) uma auto-crítica onde relatei meus problemas de assunto, de inspiração e minhas dificuldades para produzir textos. Mas aí, surgiu este blog em minha vida. Entusiasmei-me com esta nova forma de comunicação e estou aumentando gradativamente minha produção de textos. Mas tem um problema grave e que as pessoas que há tempos acompanham meus artigos no Jornal de Rio Pardo já sabem e identificaram: minhas condições precárias como digitador. Bem, eu mesmo produzo e digito meus textos diretamente no computador. E sigo um costume antigo, que vem desde a infância: escrevo tudo direto, sem rascunhos. Meus textos fluem na hora, vou escrevendo o que vem à mente e faço apenas uma rápida e precária revisão. A isso soma-se o meu problema de visão. Embora eu ande por aí e até dirija meu automóvel (consegui renovar minha carteira de motorista) com muito cuidado e atenção; não consigo ter o mesmo desempenho para ler um jornal ou um livro, e muito menos em fente à tela do monitor de meu computador. A televisão assisto colocando a poltrona bem próxima, para que possa ler as legendas. Livros e jornais apenas consigo ler manchetes e textos mais encorpados - isso graças à ajuda da estimada amiga "Preta" Frey (da Joalheria e Ótica Apolo - o comercial é gratuito...). Ela me forneceu um óculos que auxilia um pouco, porque, segundo meu médico, dr. Renato Pellegrini (um colorado dos bons), para o meu caso naõ existe óculos que resolva... No computador, instalei um monitor maior que os normais, aumentei o tamanho das letras e aproximei tudo, e com ajuda do óculos citado antes e algumas lentes, vou levando... Assim sendo, quero avisar que estou digitando com muitos erros! Tenho procurado realizar correções com atenção, mas sempre escapa alguma coisa. Por isso, quero contar com a comprensão dos internautas para que perdõem meus erros eventuais e que aos pocuos vou devidamente resolvendo. Corretor de texto? Sim tenho aplicado, mas mesmo assim, existem palavras e determinados sentidos de uma escrita, que não existe correção capaz de detectar...

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

PRIMEIRO EMAIL

Atendendo a solicitação formulada pelo amigo Ivan Winck, vai uma foto do rio Jacuí, exatamente junto à Praia dos Ingazeiros. Ali, o rio Pardo (à direita) e o rio Jacuí (à esquerda) se encontram.
Recebo a primeira manifestação dos leitores/internautas. Vem do Ivan Winck, antigo colaborador do Jornal de Rio Pardo que por muitos anos escreveu, esteve ausente um bom tempo e agora mais recentemente, voltou a escrever seus artigos nas páginas do nosso jornal.
O Ivan é dono de um português primoroso e portador de idéias consistentes e bem fundamentadas. Na sua primeira fase de artigos no jornal, gerou polêmicas e defendeu teses que conseguiram agitar com o cenário cultural da cidade.Crítico voraz, não poupava algumas análises e com colocações inteligentes conseguia ironizar situações e fatos realemente merecedores de tal abordagem. Agora, no seu retorno, ele se diz mais "ligth", em fase mais amadurecida e de muito bom homor. Recomendo seus artigos. Fui e sou leitor fiel de seus textos e acho mesmo que ele é um talento da escrita riopardense. Temos vários outros, pena que estajam tão dispersos e que não se conheçam ou pelo menos, não troquem idéias. Gostaria de conversar e debater sobre a arte de escrever e ler, com muita gente que hoje em Rio Pardo está sem ter com quem debater tais temas.
Mas o Ivan pode ser lido nas páginas do Jornal de Rio Pardo, assim como outros talentos. Um deles, é a jovem Jaque T. Souza, natural de Torres (porisso o nome "Na Guarita" em sua coluna, uma alusão à praia mais famosa daquela cidade de nosso litoral). Sua crônicas (que por sinal passaram a serem colocadas no site do JRP em http://www.jornalderiopardo.com.br/) são primorosas e não é à toa que já publicou um livro de ótimo conteúdo.
Como se vê, nem tudo está perdido, temos gente boa, de primeira qualidade, produzindo textos, escrevendo e muito bem. Outros ainda vou citar aqui no meu blog e tenho que destacar até agente que está produzindo em outros espaços, pela internet, e é de Rio Pardo.
Voltando ao Ivan, ele informa que "começo a pensar que o saudosismo-poético do Rogério Goulart é contagioso, kkk!!... Talvez devido a sua influência, acabei produzindo um texto que um de meus leitores mais queridos, meu pai, para quem sempre mostro cada texto antes de enviá-lo a vocês, acabou definindo como sendo "pura poesia em prosa!"..."
Que maravilha, Ivan! Depois de ter sido impiedosamente destruido por dois leitores de mal com a vida e consigo mesmos, por causa do meu "saudosismo", é bom ler isso!
Definitivamente, depois disso, estou me sentindo como se fosse um dos sobreviventes do célebre naufrágio do Titanic...
Ha, pessoal, em tempo: o artigo do Ivan Winck será publicado nesta próxima edição do Jornal de Rio Pardo, dia 7 de setembro, na página 4 com o título:"Corre nas veias, inunda o coração".

domingo, 2 de setembro de 2007

COMITIVA CAXIENSE

Ontem foi especial, mesmo. Por volta do meio dia recebemos telefonema da Valéria (minha irmã, reside em Caxias do Sul) informando que tinha vindo prá cá de surpresa e estava almoçando no Costaneira, na praia dos Ingazeiros e que depois viria para minha casa. Foi uma surpresa muito agradável, ela não aparecia desde dezembro e eu tenho uma afinidade muito grande com ela e fiquei feliz. Na "comitiva caxiense" estava também o meu cunhado Silveira, ele que é executivo do ramo de automóveis na cidade da serra gaúcha, minha sobrinha Isabela e seu namorado Emerson.

Dediquei o sábado à eles. Os assuntos foram postos em dia e como sempre, rimos muito e conversamos sobre um número incontável de temas comuns. À noite, nos reunimos toda da casa do meu cunhado Saul Nei e da minha irmã Cleunice (a "Nice"), onde o grupo multiplicou-se, com a presença do restante da família que se encontrava em Rio Pardo neste sábado, entre irmãos(as), cunhados(as), sobrinhos(as), etc. Lá é perfeito, ficamos à vontade e como minha família, embora não seja de origem italiana, faz um grande barulho quando se reúne, ficamos mais tranquilos. Todos falam ao mesmo tempo, alguns gritam, etc. Quando se fala de futebol, então, a gritaria é maior. Foi um churrasco magnífico assado pelo Diogo.

Um sábado para ficar registrado.

, em tempo: para quem está lendo e não conhece Rio Pardo, ou não lembra, o Costaneira é um restaurante flutuante que fica estacionado às margens do rio Jacuí, na Praia dos Ingazeiros. Sua especialidade é peixe, especialmente os pescados nos próprios rios de Rio Pardo e da região. O local é frequentado por gente que vem de municípios próximos como Santa Cruz. Venâncio Aires, Candelária, Pantano Grande, etc. Vale a pena conhecer (e o comercial vai de graça...) e provar os excelentes pratos.

O SÁBADO QUE TROUXE SETEMBRO

Pois é, gente: sábado, 1º de setembro. Levanto cedo, o portão da frente está chaveado e trato de liberá-lo. Na garagem, vejam como sou privilegiado, mora uma família de passarinhos. Eles chegam ao anoitecer, pernoitam, e quando a gente abre a porta de manhã, saem para a rua. Moram na calha de uma das fluorescentes. Mãe, pais e dois filhotes. Quando vou me aproximando para abrir a porta e liberar a sua saída para o céu matinal, eles parecem que entendem e festejam... Não me causam danos, a não ser por algumas "sujeirinhas" que são depositadas sob o teto do meu automóvel - nada que não seja reparado com um pano úmido... Neste sábado, depois de devolver os céus aos meus "inquilinos" da garagem, me detenho para observar a rua General Osório. Ela é a única rua de Rio Pardo que inicia próxima ao Rio Pardo e termina junto ao rio Jacuí. E aqui na minha quadra, ela é tranquila e deliciosamente calma. Claro, existem senões, como os caminhões que estacionam em frente à minha garagem e no outro lado da rua onde é proibido. Mas no mais, minha rua é nota dez. Como sempre, e ainda mais numa manhã ensolarada, o centro vai estar cheio de gente pela rua principal. Grupos de conversas, reencontros, lojas cheias de compradores, etc. Com a chegada de setembro, e um sol consistente já no primeiro dia, creio que estamos deixando o inverno para trás e rumando para dias mais quentes. E, meus botões me dizem que poderemos ter um verão escaldante...