sexta-feira, 31 de agosto de 2007

O DIA DO PRIMEIRO TELEFONEMA

Chego em casa depois de ter caminhado pelo centro da cidade. Uma tarde magnífica, um bom sol, dia claro, as pessoas dispostas e aliviadas porque finalmente o frio e a umidade parecem ter dado uma aliviada... Meu Deus, como este inverno tem sido rigoroso! Até mesmo as pessoas que se confessam e são, como eu, fãs da estação de baixas temperaturas, têm se mostrado cansadas e já de saco cheio com este clima maluco e impiedoso. Por isso, quando faz um sol agradável, todos ficam dispostos e contentes... Mas eu andei à pé pelo centro da cidade pelo fato do meu carro estar sendo revisado na oficina do Flávio Faleiro, que é meu mecânico à anos (o comercial é de graça...) e em quem confio muito. De manhã, quando fui com a Ana levar o Afonso e a Luiza na Escola, ali naquela descida da rua São Sebastião, abaixo do portão de acesso do Auxiliadora quase colidi com um Gol que estava na minha frente. O freio desapareceu, os paralelepípedos (que palavra complicada. hem? graças à minha inesquecível professora/alfabetizadora Elci Coppeti aprendi a escrever e falar corretamente esta palavra, ainda no segundo ano primário, e nunca mais esqueci...) estavam úmidos pela névoa fina (ou seria uma chuva fina?) e quando me dei conta estava sem freio... Felizmente eu vinha devagar e consegui evitar o pior... Mas de tarde, sem carro, saimos a pé. Estivemos (a Ana e eu) em algumas lojas, pagando contas. Conversamos com alguns amigos. Entre eles, um especial por ser "irmão" desde infância, o "Colono" Macedo, que leu meu texto de hoje no jornal - que postei aqui no blog, logo abaixo - e com quem sempre gosto de conversar e encontrar. E assim foi a tarde esplendorosa, com encontros e reencontros, ouvindo as pessoas, falando, escutando críticas, alguns elogios, etc. Ou seja: bem do jeito que eu gosto. E por sinal, muitas pessoas preocupadas e algumas até indignadas pelo que está havendo na Emater, onde profissionais antigos e reconhecidos foram sumariamente desligados, de uma forma brusca e indigna... Aqui em Rio Pardo, demitiram o Paulo Ene, o Derozi Cardoso e o Eber Paganotto (querido amigo, conhecido por "Toninho", das rodas de conversas de tantos anos atrás lá na praça da Matriz e na Lavanderia que o Arão Marques possuia - hoje é um dos taxistas mais conhecidos da cidade). Todos profissionais competentes, com uma vida inteira de trabalhos prestados ao setor primário de Rio Pardo. Confesso que não entendi essa do governo estadual, dizem que foi para economizar dois milhões por mes... É assim que se vai economizar, demitindo técnicos e destruindo trabalhos e ações em pleno andamento? Não sei não, mas acho que certamente existem outras formas de conter gastos no Estado, assim como devem existir muitas outras pessoas passíveis de serem descartadas em cargos de favor, em situações nebulosas, etc. De qualquer forma o governo prossegue com seu esforço para recuperar as finanças do Estado... Retornei para casa pelo velho caminho da Andrade Neves, o sol quase de final de tarde produzia reflexos nos prédios antigos e modernos do centro, entre eles o do Clube Literário, com sua elegância, sua imponência. Mais uma vez, quando caminho pela minha cidade, reacendo meu intenso amor por ela... Chego em casa e a Brigite (minha cadelinha poodle) faz uma festa que sempre me emociona, e mais uma vez lembro que têm pessoas que tratam os animais à base de pontapé, como é possível? O Afonso indignado me adverte que o Grêmio quer contratar o Fabiano Eller (uma especulação que agora à noite foi desmentida pelo próprio jogador em entrevista à Rádio Bandeirantes, onde disse que no sul só joga no Inter. Ufa!) O telefone toca. A Luiza atende e me chama. E do outro lado está o seu João Ulisses, leitor antigo e fiel dos meus textos. Ele é um homem que admiro, pela conduta, pela retidão e pela família que criou. É pai do prefeito Joni, do Joel (engenheiro, secretário de obras), da estimada amiga Joice (hoje promotora cultural, amiga de toda a vida) e a Jonice (professora, conselheira tutelar). Me liga prá parabenizar pelo meu ingresso na internet com este blog e com a nova mídia que agora passo a utilizar para chegar aos meus leitores. É um telefonema carinhoso, sincero e que me sensibiliza muito. Foi o primeiro telefonema que recebi pelo surgimento do blog e fiz questão de registrar aqui para a posteridade! E assim foi minha tarde maravilhosa, nesta antiga e histórica cidade de Rio Pardo. Ela, que foi uma das quatro primeiras a serem criadas no Rio Grande do Sul, hoje certamente é uma das primeiras em calor humano, em solidariedade e em lugar bom para se viver! Fica na região central do Estado (falo isso para os internautas que estão me lendo em algum lugar distante mundo afora e não conhecem nossa cidade) à 140 km da capital Porto Alegre e é uma TERRA FELIZ. Qualquer dia posto aqui um mapa do Estado e do Brasil para vocês localizarem Rio Pardo. Agora já são dez e tanto da noite, já jantei, já olhei os noticiários na Tv (repletos de notícias ruins - mortes, roubos, acidentes, etc, etc) e daqui a pouco vou repousar. O dia foi bom, como quase sempre, e minha Rio Pardo está silenciosa, com suas ruas charmosas de encantos e histórias. No centro, lá no Calçadão. por volta da meia-noite a galera vai agitar. E eu aqui não quero saber de agito nenhum, vou dormir o sono revigorante... Amanhã é sábado, e essa já será outra história para, quem sabe, uma próxima postagem...

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

GELATINA: ARGH!

Eu era pequeno e inventei de desobedecer as recomendações expressas de meu pai: "não belisque a gelatina" - continuei beliscando às escondidas... Fui advertido duas ou três vezes, menosprezei a punição anunciada e pronto: quando fui pego em flagrante delito, não tive argumentos para escapar e fui punido. Eu gostava tanto de gelatina? Pois bem, então agora teria de comer um prato inteiro, justamemente o que eu estava beliscando fortuitamente! A princípio pensei; "mas isso não é castigo, é um presente"... Mas foi sim o castigo, preciso e inesquecível castigo! Muitas vezes temos de levar o tombo para aprender. Comigo e a gelatina foi assim... Fui comendo os primeiros pratos com prazer e desdenhando da punição imposta pelo meu pai, mas... a gelatina foi parecendo ter mudado de gosto, foi ficando amarga, transformando-se de bela sobremesa em um monstro vermelho, com a cor do inferno, com a cor do fogo que queima e corrói tudo. Meu estômago foi sendo tomado por aquele "fogo", foi sendo "corroido" e em poucos minutos, o que era bom virou tormento acompanhado de repetidas ânsias de vômito! Mas nada disso adiantou e tive de comer o prato inteiro, seguido de um enjôo que me levou à cama, sob protestos de minha mãe que não concordou com a punição enérgica que me foi dada. Foi um tormento tão forte, que ainda hoje, passados tantos anos, não posso nem sequer olhar para gelatinas, muito menos prová-las! Mas embora sendo um gurizote irresponsável e imaturo, a lição foi muito bem absorvida e compreendi que agir errado, fortuitamente, acaba não dando certo. No fundo, no fundo, entendi a lição e compreendi que havia agido errado, havia desdenhado das punições anunciadas e tinha de ser punido. E no meu caso, jamais quiz voltar a fazê-lo pois não sou louco nem nada de ter de voltar a comer "outras gelatinas" ainda mais enjoativas que aquela de minha infância! Não odeio gelatinas, apenas as quero distantes de minha boca e, se possível, de minha visão! Tenho contado esta história como exemplo de que um bom castigo pode ser providencial, sim - embora no meu caso, este tenha sido bem enérgico e extremamente amargo... Lembro estes fatos, porque atualmente parece que não existem mais castigos para os jovens. A permissividade na educação de hoje é uma praga que se alastra e corrói nossos costumes. Ainda volto a falar disso.
(Texto publicado no Jornal de Rio Pardo, edição de 31/08/2007)

terça-feira, 28 de agosto de 2007

VÁ AGENDANDO UMA VISITA À RIO PARDO NO PRÓXIMO VERÃO

A rua Andrade Neves (foto) é a principal da cidade e concentra grande parte do movimento da cidade. Vale a pena conhecer Rio Pardo e caminhar pelo centro, à noite, nos dias que antecedem o Natal, quando milhares de luzes e decorações coloridas são fixadas nos arcos que formam um belo conjunto. Bares e restaurantes com mesas nas calçadas (na esquina da rua Andrade Neves com o Calçadão da rua Almirante Alexandrino) dão um charme especial às noites de verão riopardenses. No local ainda existe, especialmente nas sextas e sábados, a concentração de centenas de jovens em seus carros equipados com potentes equipamentos de som e motos; são atrattivos que fazem deste um local para bate-papo até a madrugada. Como vocês podem perceber, visitar Rio Pardo no fim do ano e no verão poder ser realmente um ótima alternativa de passeio e de turismo! Mas minha intenção neste blog não é de ser guia turísitco de minha terra, mas escolhi inicar aqui falando desta cidade realmente distinta e única..,

RIO PARDO, AS MAIS LINDAS PRAIAS FLUVIAIS DO RS

Rio Pardo é uma cidade especial. Banhada pelos rios Jacuí e Pardo, é uma terra abençoada pela natureza generosa, mas também pela arquitetura de seus prédios históricos, o carnaval tradicional e agitado, as cerimônias religiosas da Semana Santa e uma hospitalidade que encanta qualquer um. No verão, as praias atraem milhares de visitantes, especialmente a "Praia dos Ingazeiros" (foto) que possui um bom camping, quadras de jogos com um campeonato praiano tradicional. Minha terra é gigante em encantos! Uma dica: vá organizando-se e agende uma visita à nossa cidade no próximo verão!!!